O apito final no Estádio Mario Kempes na noite da última quarta-feira (6) encerrou uma partida em que o São Paulo, mais uma vez, teve um desempenho oscilante que determinou a derrota de 2 a 0 sobre o Talleres, na segunda fase preliminar da Copa Libertadores.
Apesar de ter feito um primeiro tempo positivo, com envolvimento do adversário e protagonismo, o rendimento caiu e a equipe sucumbiu por conta de seus próprios erros. As duas bolas que estufaram a rede de Tiago Volpi foram consequência do caos vivido em campo.
Mesmo assim, ainda há 90 minutos de futebol a se disputar no dia 12 de fevereiro. E, por mais que a missão de marcar dois gols para levar o jogo aos pênaltis ou três para garantir a classificação para a terceira fase preliminar de maneira direta, o histórico do time na própria competição prova que é possível crer que a vaga pode ser alcançada. Relembre alguns confrontos contra equipes do país vizinho que confirmam essa teoria.
SÃO PAULO X NEWELL'S OLD BOYS - FINAL DE 1992 - 0 x 1 (IDA) E 1 x 0 (VOLTA); (3 x 2 nos pênaltis)
O tento de Manuel Berizzo na partida de ida da final da Copa Libertadores de 1992 poderia ser o golpe fatal na pretensão da equipe Tricolor em obter o primeiro título da competição. O time treinado por Telê Santana, no entanto, protagonizou uma demonstração de vontade que colocou aquele elenco como um grupo que não pretendia se entregar. No entanto, os mais de 105 mil torcedores presentes viram o gol de Raí, que levou a decisão para os pênaltis. A sorte esteve ao lado dos mandantes, que contaram com as cobranças de Berizzo e Mendoza para fora, além da defesa de Zetti na cobrança de Gamboa, que sacramentou a primeira conquista continental.
SÃO PAULO X NEWELL'S OLD BOYS - OITAVAS DE FINAL DE 1993 - 0 x 2 (IDA) E 4 x 0 (VOLTA)
Outra vez os Leprosos foram uma pedra no caminho do São Paulo. A vantagem de 2 a 0 para os argentinos na ida das oitavas de final pareciam colocar um fim na participação do time paulista na competição. E outra vez o apoio maciço dos torcedores no Estádio do Morumbi fez a diferença para que a virada viesse. Dinho, Raí duas vezes e Cafu marcaram os gols que determinaram a classificação na campanha que culminou no segundo título da equipe no torneio e colocou a agremiação na história como a primeira brasileira a ser campeã de maneira consecutiva desde as conquistas de 1962 e 1963 do Santos, que contava com Pelé, Pepe, Coutinho e Mengálvio como estrelas.
SÃO PAULO X ROSARIO CENTRAL - OITAVAS DE FINAL DE 2004 - 0 x 1 (IDA) E 2 x 1 (VOLTA); (5 x 4 nos pênaltis)
Na campanha que terminou nas semifinais, o São Paulo estava inspirado a ir longe na competição e não desanimou com o revés sofrido por 1 a 0 na ida. Com mais um jogo decisivo em casa, o time saiu atrás mas conseguiu reagir e buscar dois gols com o atacante Grafite. Coube a Rogério Ceni fechar a noite como salvador da trajetória Tricolor ao defender duas cobranças de pênalti e encaminhar a classificação para as quartas de final.