A Seleção Brasileira entrará em campo nos próximos dias 12 e 16 de outubro para enfrentar, respectivamente, Arábia Saudita e Argentina. São amistosos que representam desafios maiores em relação a Estados Unidos e El Salvador, os primeiros após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo.
Embora esteja longe de ser considerada uma grande equipe nacional, a Arábia Saudita disputou o Mundial realizado na Rússia e bateu o Egito do astro Mohamed Salah – um dos três craques na disputa do prêmio The Best. Já a Argentina sempre representará um desafio importante por tudo o que cerca o clássico, mesmo sem ter definido sequer o seu treinador e não conte com Lionel Messi.
Desta forma, o desafio básico e quase obrigatório para os comandados de Tite é ganhar o primeiro desafio e não perder o segundo. Qualquer coisa diferente contra uma equipe como a Arábia, no dia 12, será sempre um vexame.
Contra a Argentina sem Lionel Messi (que não defenderá o país em 2018 por decisão própria) e que sequer conta com um treinador após a demissão de Jorge Sampaoli, o mínimo esperado é não perder: o Brasil tem a continuidade de trabalho e o seu maior craque, enquanto a Albiceleste se encontra exatamente em situação oposta.
Um outro desafio interessante será ver como Tite poderá montar o seu ataque com Neymar, Firmino e Richarlison. O primeiro é a referência técnica e dono da faixa de capitão, o segundo segue a demonstrar que é um dos melhores atacantes do mundo na atualidade e o último foi a melhor notícia do amistoso contra a frágil El Salvador. Ainda não atuaram juntos com a camisa canarinho. Firmino segue em fase espetacular pelo Liverpool.
A questão aí seria o posicionamento. Enquanto Firmino é a referência maior no ataque, em termos de profundidade, Neymar e Richarlison ocupam a faixa esquerda do setor ofensivo. Mas como possuem características muito diferentes, poderiam se completar caso aconteçam alguns ajustes.
Richarlison e Neymar se entenderam bem no amistoso contra a frágil El Salvador. O camisa 10, por exemplo, têm sido usado mais centralizado, logo atrás do centroavante, em alguns jogos do Paris Saint-Germain na atual temporada. Seria a melhor forma de encaixar Richarlison como opção no ataque (saindo da ponta-esquerda até para formar dupla com Firmino, dependendo da situação de jogo).
Conforme disse na entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (21), Tite prefere Neymar na ponta-esquerda, embora não descarte usar a sua principal peça mais centralizada: “Ele é desequilibrante de fora para dentro, mas pode ser utilizado de outra forma”, afirmou.
Trio 'FRN' pediria uma alteração na parte tática, mas vale o experimento. Em desafios que não valem pontos, pode ser o momento exato de testar opções que poderão ser usadas na Copa América de 2019.