"Eu queria vir para a Europa desde mais jovem mas não pode ser. Foi um grande desafio mas que na verdade foi incrível. Sabia o que ia encontrar, um clube com uma filosofia muito marcada, uma escola de futebol que vem desde Cruyff... Foram as razões porque vim, quero ser treinador no futuro e aqui posso aprender.", explicou sobre o seu desembarque no clube holandês.
Analisou o plantel fo Ajax, fazendo fincapé ao grande nível de Frenkie de Jong: "Quando cheguei foi o jogador que mais me causou impacto. Pela sua ideia de futebol e a sua mentalidade. É um jogador muito interessante que pode jogar ao mais alto nível. Oxalá faça o mesmo no Barcelona".
"Ter o Messi é um plus para qualquer um. Ele atrai as miradas de todas as defesas e dará mais liberdade a Frenkie para jogar. Nesse sentido é mais fácil", acrescentou.
Claro que falou sobre as possibilidades do Ajax de conseguir o passaporte para os quartos da Champions, analisando a primeira-mão e as opções da segunda: "Faltou-nos eficácia. Desde que cheguei, o jogo frente ao Real e ao Bayern foram os melhores. Faltou-nos a eficácia que eles tiveram".
"Dás uma oportunidade ao Real e ele marcam pela qualidade dos seus jogadores. Pagamos caro. Vamos com um resultado adverso mas da minha parte vou tranquilo. Nós jogamos igual todos os jogos. Vamos fazer o melhor e estou seguro que nos vai correr bem este encontro", explicou.
Apesar de elogiar o clube "merengue", deixou claro que o 1-2 da primeira-mão não é definitivo: "Nunca me dou por vencido. O resultado não é fácil mas também não é impossível. Eu tenho muita fé porque conseguimos fazer muitos olos. Em todos os jogos temos muitas ocasiões e se as convertermos podemos conseguir. Claro que temos de estar concentrados a cem por cento porque se dás uma oportunidade ao Real é golo".
"Quando nos sairam disseram que o sorteio não foi mau. Eu avisei que não é o mesmo em dezembro que em fevereiro, tinhamos de esperar. E vimo-los nos últimos jogos. Ganhou o dérbi e empatou na casa do Barcelona. Não existe um Real bom ou mão. O Real é muito forte na Champions, por isso ganhou as últimas três. Temos que respeitá-lo mas também temos que ser atrevidos e jogar de igual para igual", apontou.
O argentino acredita que o martirio dos Clássicos do Real pode ser vantajoso para o Ajax: "Sim, pelo desgaste físico e emocional. Mas os jogadores deste nível estão preparados e retiram coisas positivas de jogos desta envergadura. Não nego que para nós seja bom que joguem tantos jogos seguidos porque o físico influencia muito. Isso é lógico".
Reconheceu que segue o Real Madrid e as outras equipas da Europa. "Esta temporada vi seis ou sete e todos os resumos. Sei a ideia de jogo que têm. Mas também do Barça e de outros grandes de outras Ligas. Trato de ver as ideias de todos para estar mais preparado caso nos defrontemos", assinalou.
"Quando sai uma grande figura não é fácil a organização. O dia em que Messi saia acontecerá ao Barcelona. Não é fácil substituir jogadores desta qualidade, demora o seu tempo. Mas o Real é o Real e fá-lo bem sem Cristiano. Mostraram-no no início", afirmou sobre a ausência de Cristiano.
Por último, mencionou o seu futuro. "Antes de vir para o Ajax já se falava de opções para jogar em Espanha. Gosto da LaLiga, é muito competitiva. Não sei o que acontecerá. Agora apenas penso em vencer ao Real e seguir o PSV na nossa Liga. Agora apenas importa o presente", finalizou.