O técnico ucraniano Andriy Shevchenko poderia treinar o Milan, de acordo com a imprensa ucraniana na quinta-feira, embora apenas após a Eurocopa, para o qual ele se classificou com sua equipe. "Conhecemos seu estreito relacionamento com Paolo Maldini. Mas agora Shevchenko está focado em preparar a Seleção Ucraniana para o campeonato europeu", disse Igor Tsigani, comentarista esportivo ucraniano.
Tsigani observou que os italianos já decidiram que o atual treinador, Stefano Pioli, não continuará no final da temporada, mas o jornalista alertou que Shevchenko tem mais de um pretendente. "Posso dizer que o Milan não pensa sozinho em Shevchenko como treinador", explicou. A equipe também pensou em outras alternativas para o seu banco.
Por seu lado, Yevgueni Levchenko, parceiro de Shevchenko na seleção, previu que o técnico não abandonará a Ucrânia. De qualquer forma, no futuro, ele não combinará os dois cargos.
"Não consigo imaginar Shevchenko rejeitando o Milan. Sei que por parte da equipe italiana haverá garantias e grandes investimentos econômicos. Estou certo de que, no caso de receber uma boa oferta, ele deixará a Seleção após o Campeonato Europeu", afirmou.
Quanto ao fracasso de treinadores que já foram lendas em seus clubes, como Seedorf no Milan, Blokhin no Dínamo ou Ole-Gunnar Solskjaer no Manchester United, ele fez alusão a outros casos. "Há outros exemplos que dizem o contrário. Por exemplo, Zinedine Zidane no Real Madrid", disse ele.
Shevchenko, Bola de Ouro em 2004, trabalhou sua fama como artilheiro no Dínamo de Kiev (1994-1999), onde retornaria dez anos depois para se aposentar em 2012. Ele jogou no Milan de 1999 a 2006, vencendo a Serie A e a Champions League e, depois de dois anos no Chelsea, ele voltou ao time 'rossonero' na temporada 2008-09.
Distinto discípulo do lendário Valeri Lobanovski, ele assumiu as rédeas da Seleção Ucraniana em 2016, que não pôde levar para a Copa do Mundo na Rússia, mas sim para a Eurocopa 2020.