Conquistar a Copa Libertadores e permanecer para a inauguração do novo estádio do Atlético-MG: estes são os dois principais objetivos do volante Danilo Tchê Tchê pelo Galo. Uma das contratações do time mineiro para a temporada 2021, o meio-campista se tornou imediatamente titular da equipe. Indicado pelo técnico Cuca, com quem já trabalhou no Palmeiras e São Paulo, Tchê Tchê está emprestado pelo tricolor paulista ao Atlético-MG até fim de maio de 2022.
No currículo, o volante de 28 anos já tem um titulo de campeão brasileiro, em 2016, e agora mira a taça da Libertadores da América, como revelou em entrevista exclusiva à Goal.
“É um sonho. Assim como eu sempre deixei claro que me imaginei jogando pelo Galo muitas vezes quando vim treinar aqui no CT (Cidade do Galo). É um sonho não só meu, mas de qualquer jogador até aqueles que já conquistaram como, por exemplo, o Réver que está no nosso elenco e já conquistou em 2013. Vamos lutar para gente conseguir”, destaca o meia.
O Atlético-MG está em processo de construção da Arena MRV, seu novo estádio, previsto para ser inaugurado no segundo semestre de 2022. E, no que depender de Tche Tchê, ele irá permanecer no clube para presenciar este momento histórico.
“Não precisa nem ser perguntado isso. Eu quero estar aqui, quero participar da estreia (do novo estádio). Sei que vai depender muito das coisas que eu fizer neste tempo que estiver nesse contrato de empréstimo. Mas, minha cabeça está 100% aqui, é desempenhar um bom papel. As outras coisas deixam para os clubes (Atlético-MG e São Paulo) resolverem”, disse.
Indicado pelo técnico Cuca, Tchê Tchê chegou ao Galo e, imediatamente, se tornou titular do time. Mas o início da trajetória do volante pelo Atlético-MG não foi nada tranquilo, muito pelo contrário: ele conviveu com críticas da torcida pelos erros individuais cometidos em dois jogos seguidos, que resultaram em um gol marcado pelo América de Cali, na Libertadores, e um pênalti a favor do Tombense, pela semifinal do Mineiro.
Apesar de críticas, o volante foi selecionado para entrevista coletiva diária na Cidade do Galo e preferiu não se esconder. Encarou as perguntas dos jornalistas e mostrou personalidade.
“Eu sabia que eu vinha fazendo bons jogos. Acabei errando, sim, coisa que eu não gosto, mas aconteceu e agora é bola para frente. Talvez eu tenha tirado um peso também tendo exposto, dando a cara a bater. Só assim a gente vence os grandes desafios”, relembra, pedindo desculpas pelos erros.
Sobre a personalidade, o jogador responde.
“É a minha, carrego desde pequeno. Não tem problema eu assumir. Não estou aqui para me esconder. Sei da pressão que é vestir essa camisa de massa, então a cobrança vai ser pesada e se eu for bem eles vão apoiar”.
Ainda com 14 anos, Tchê Tchê precisou deixar a casa onde morava para ir atrás do sonho de se tornar jogador de futebol profissional.
“Saí de um lugar em que ninguém dá nada para você, lugar com muita criminalidade e pobreza, e consegui vencer na vida”.
Muito antes de defender as cores do Atlético-MG, o volante Tchê Tchê já se identificou com o clube. Em 2013, quando o Galo se tornou campeão da Copa Libertadores em uma campanha épica, marcada por viradas históricas em duelos de mata-mata, o volante vibrou junto com a torcida alvinegra, que na época, tornou famoso o grito de “Eu acredito”.
Nas resenhas com o zagueiro Réver, capitão do Atlético-MG naquela conquista, e remanescente no atual grupo de jogadores, o volante faz questão de relembrar aquele título.
“Eu comentei, ‘Jogando do seu lado agora, dividindo a concentração com você. A Libertadores que vocês ganharam eu estava em casa gritando ‘Eu Acredito’ junto. Primeiro por eu gostar do clube e segundo pelos jogadores que tinham ali, todo mundo torceu pelo Atlético”, disse.