A indignação causada pela expulsão do zagueiro Dedé na derrota para o Boca Juniors por 2 a 0, no primeiro jogo das quartas de final Copa Libertadores, ainda é assunto na Argentina. Apesar dos jornais locais reconhecerem equívoco do árbitro, o técnico adversário, Barros Schelotto preferiu se esquivar, ao afirmar que ainda não viu o lance, mas "algum motivo teve" para o cartão vermelho.
"Não vi a jogada. Interpreto que Dedé pode ter feito com intenção ou ter tido força excessiva, não sei. Não vi a jogada. É o árbitro do campo e outros três vendo o VAR, e creio que a situação é claríssima, algum motivo teve para a expulsão. Quando jogamos com o VAR, temos que respeitar a lei mais que nunca porque não é apenas o árbitro no campo, mas sim outros três fora vendo tudo o que acontece.
Após o apito final, Dedé disse estar bastante chateado e comentou que nem os jogadores argentinos entenderam o motivo da sua expulsão.
"Todo mundo achou que ele iria dar pênalti. Mas eu não senti nenhum empurrão, nem nada. A gente achou que ele daria o VAR a favor. Nos assustou. Se eu fosse na maldade, no momento que ele caiu, certamente os jogadores do Boca juntariam em mim. Mas eles me agradeceram pelo fato de eu ter pedido socorro ao goleiro. E assim que eu fui expulso, eles me perguntaram o que tinha acontecido. Eu falei que dei uma cabeçada e eles ficaram chocados pelo fato de eu ter sido expulso. Nem eles entenderam a expulsão", concluiu.
No jogo de volta, dia 4 de outubro, no Mineirão, o Cruzeiro precisa devolver o placar de 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis.