Escolhido para substituir o poupado Jailson diante do Junior Barranquilla, Fernando Prass foi um dos grandes nomes do Palmeiras na vitória por 3 a 1 na noite desta quarta-feira (16), no Allianz Parque, ao praticar três grandes defesas no primeiro tempo e ainda pegar um pênalti na etapa final.
Capitão do Verdão no duelo, Prass disputou sua quarta partida em 2018. Em entrevista coletiva ao lado de Roger Machado, o goleiro vibrou por ter seu nome gritado pela torcida.
“O jogador é profissional e remunerado para jogar, mas não estamos aqui só por isso. Quando estava sem atuar, uma das coisas que me passavam pela cabeça é se viveria novamente o momento de fazer um grande jogo e ter o nome gritado pela torcida. Isso, não tem dinheiro que pague e para mim é motivo de grande felicidade”, ressaltou.
Questionado sobre as vaias da torcida no intervalo, o goleiro disse que a torcida alviverde é ansiosa.
“Estou aqui há quase seis anos e acho que conheço bem a torcida do Palmeiras, ela é bem ansiosa. Em 2013 havia a ansiedade para subir, mesmo tendo uma grande vantagem. Em 2014 a ansiedade absurda para não cair. Em 2015 o Marcelo Oliveira poupou o time no Brasileiro e foi criticado. Em 2016, a sensação de que poderia perder o título mesmo estando sempre na frente”, afirmou.
“Mas é uma torcida que carrega no colo, como já fez na Copa do Brasil, como fez no ano do centenário, com toda a dificuldade técnica. Naquele ano, o resultado não foi pior por causa da torcida, que lotava o estádio e não vaiava. É uma troca, precisa de um pouquinho de compreensão deles, mas eu tenho certeza e já foi provado aqui dentro que nosso maior trunfo é o estádio. Gostamos de vencer, de ter o apoio deles”, completou.
Por fim, Prass ainda respondeu em forma de desabafo as críticas que recebeu por conta da sua idade e condição física e disse ainda não pensar em se aposentar.
“A gente que está fora e espera uma oportunidade... Às vezes as pessoas fazem um julgamento sem um acompanhamento. Quem não acompanha, não vê meus números e fala: "O Prass tá velho, tem 40 anos". Então esse jogo é fundamental para mostrar esse trabalho que é feito no dia a dia. E claro que para mim, que não estou jogando muito, um jogo desse aumenta sua confiança”, declarou.
“Eu tenho quase seis anos de clube. Vivi muitas coisas aqui, do oito ao oitenta, do céu ao inferno. E a identificação que eu tenho com esse clube, não é porque eu tenho quatro meses no banco que vou pensar em sair ou me aposentar. O Federer depois que virou essa lenda falou que a idade é só um número. E é. Eu não cheguei nessa idade porque a minha genética é diferente. Eu sempre me cuidei muito. Então eu nunca pensei em sair por esse motivo”, finalizou.