Um ano de Flamengo, Diego se torna termômetro do 'Rubro-Negro'

Há exatamente um ano, Diego entrava em campo pela primeira vez com a camisa do Flamengo e liderava a equipe na vitória por 2-1 sobre o Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Muito mais do que isso, começava ali uma arracanda da equipe que chegara a brigar pelo título depois de anos longe do protagonismo na competição.
Como um verdadeiro presente o meia foi contratado e se tornou um marco na história do clube que deixava para trás os "anti-heróis" dos últimos anos para ter, enfim, um "mocinho" que representasse todo o discurso que a instituição gostaria de transmitir.
O primeiro jogo foi apenas uma prévia do que estava por vir, Diego passou a ser realmente o líder do grupo, respeitado e um exemplo para as promessas vindas da base, ele também se tornou a cara em todas as publicidades, se adaptou rapidamente e chamou a responsabilidade dentro de campo.
O camisa 35 contribuiu e muito para que Paolo Guerrero, até então principal contratação, conseguissse desenvolver melhor seu futebol. Diego dividiu as responsabilidades tirando um peso grande das costas do peruano, se tornou protagonista e deixou para o companheiro o papel de coadjuvante de luxo.
Pelas condições de 2016, onde o 'Rubro-Negro' se tornou um clube itinerante, e depois de um primeiro semestre desastroso, a vaga na Libertadores foi bastante comemorada.
O maior problema foi que com tantos pontos positivos e a rápida adaptação, Diego acabou deixando uma sensação de independência que ficou ainda mais evidente quando o meia se lesionou na primeira fase da Copa Libertadores da América.
A competição que começou de forma tão positiva na Gávea, se tornou um pesadelo quando o camisa se lesionou. Sem o seu líder e um reserva imediato que pudesse amenizar a situação, os torcedores começaram a enxergar de perto um fantasma: o da eliminação na primeira fase.
Mesmo com um elenco caro, faltava um reserva imediato para Diego, Alan Patrick, que fazia esse papel em 2016, havia deixado o clube e Conca, que tinha sido contratado para isso, ainda estava no departamento médico.
Sem Diego, Zé Ricardo teve que mudar o esquema da equipe e nem mesmo a força de Paolo Guerrero, que chamou a responsabilidade e brigou muito no ataque, foi suficiente para que o Flamengo passasse de fase. A equipe foi eliminada na última rodada, contra o San Lorenzo, fora de casa, mesmo com boas chances de garantir a vaga.
Desde então a coisa desandou, e sem Diego, o Flamengo se perdeu na temporada. O início ruim no Brasileirão foi uma mistura da ausência do camisa 35, com ressaca pela eliminação.
Diego voltou em grande estilo, marcando gol em clássico e com boa atuação, o que deixou ainda mais certeza de que se ele estivesse em campo antes a coisa poderia ter sido diferente.
Mas apesar de retornar recuperado, o camisa 35 ainda não reencontrou a melhor forma e foi alvo até de algumas vaias. Assim como o Flamengo, Diego procura se reencontrar na temporada e desempenhar o futebol que encheu os olhos do torcedor.
E mesmo com a eliminação e a distância para o Corinthians no Brasileirão, o Flamengo ainda tem pela frente a Copa do Brasil e a Sul-Americana para terminar o ano mais feliz, se o meia voltar a forma é bem provável que o Flamengo leve pelo menos uma dessas taças para casa.