O Real Madrid das três Champions consecutivas agradecerá o final de uma temporada amarga em todos os sentidos. Não houve Liga, nem Champions, nem Taça. Apesa resta a recordação do Mundial de Clubes, o regresso de Zidaner e a não consecução do triplete do Barcelona como as melhores notícias para os adeptos. Em Anoeta, uma nova derrota.
A equipa, desafundada há semanas, não conseguiu fazer oposição à Real Sociedad quando Vallejo rumou aos balneários, expulso. Os vascos foram melhores e apenas Brahim e Vinicius puxaram o sorriso aos madridistas. A décima primeira derrota na Liga, a 17ª em toda a temporada. Números impensáveis para um campeão da Europa.
Os registos dizem que este Real é o pior do século, praticamente copiando os que assinou na temporada 1998-99. Desde 10 de março não ganha fora, soma apenas 63 golos (25 a menos que o Barça) e sofreram 44 na Liga. Sai mais do que um por encontro na equipa de Zidane, que precisa de revolução.
Se perder frente ao Betis, assinaria a sua segunda pior temporada da história, com 18 derrotas, ficando a apenas uma da pior de todos os tempos (1984-85). Para cúmulo, o Barcelona conseguiu tornar-se camepão e o Atlético de Madrid ganhou-lhe no duelo para se converter na melhor equipa da capital espanhola.
À falta de um encontro o Barcelona tem 18 pontos sobre o Real Madrid, o que supõe a maior vantagem azulgrana sobre o seu eteno rival, superando os 17 de 1984-85 e de 2017-18. Caso vença ao Eibar na última jornada, os de Valverde assinariam um recorde nunca antes visto.
Mais um motivo mais para Zidane tomar as rédeas e começar a colocar cruzes, se é que já não as tenha colocado já. Toca a renovar o plantel, contratar e dar saída ao excedente. Não será fácil num mercado louco, de grandes números e pouca ordem. Mas é o que toca depois de uma temporada para esquecer o quanto antes.