Dedé apareceu, pela primeira, vez com maior destaque no futebol brasileiro vestindo a camisa do Vasco da Gama. Chegou em 2009 e não teve muitas oportunidades na campanha do time na Série B, mas as exibições em 2010 já na elite esportiva lhe conferiram a idolatria da massa cruz-maltina e o título da Copa do Brasil em 2011 carimbou o nome do zagueiro entre os imortais de São Januário.
O ciclo do jogador no clube carioca terminou em 2013, após um novo rebaixamento do Vasco. Dedé já havia sido convocado para a seleção brasileira e o Cruzeiro apareceu com R$ 14 milhões para contar com os serviços do defensor. Sete anos depois, um novo rebaixamento, desta vez da equipe mineira, pode marcar o reencontro de Dedé com o Vasco.
Mas o que falta para Dedé voltar?
Dedé tem vontade de voltar para São Januário, e o Vasco deseja recebê-lo novamente. Entretanto, no mundo do futebol profissional apenas as intenções não bastam.
Antes de qualquer coisa, o Gigante da Colina tem outras questões mais urgentes a resolver. E são muitas. Confira abaixo.
Salários atrasados e problema na Justiça
O Vasco precisa quitar os salários atrasados com o atual elenco (deve novembro, 13º e alguns direitos de imagem) e pagar uma dívida de R$ 1 milhão com Jorge Henrique, ex-jogador que acionou o clube na Justiça e ocasionou a seguinte punição: enquanto não resolver este problema, o Vasco está proibido de registrar novas contratações.
Renovação de Guarín
Com os valores da premiação do Campeonato Brasileiro bloqueados pela Justiça, o clube carioca vai efetuar um empréstimo com o Banco BMG (que também é seu patrocinador) para resolver estas duas questões financeiras. Feito isso, o Vasco irá buscar a renovação de contrato do meio-campista Freddy Guarín, destaque do time na reta final de 2019.
Negociação com o Cruzeiro
Apesar de viver enorme crise financeira, acentuada pela sua queda à segunda divisão, o Cruzeiro não tem a intenção de emprestar Dedé em um primeiro momento. Motivo? A Raposa não se vê em condições nem mesmo de pagar parte dos salários do jogador, que ainda tem dois anos de contrato com os mineiros.
Desta forma, a equipe Celeste vê três opções no horizonte: negociar o atleta, rescindir o seu contrato ou então um empréstimo que lhe seja o mais vantajoso possível. A grande esperança dos mineiros é que algumas sondagens do futebol chinês sejam concretizadas em oferta, afinal de contas o Vasco da Gama também não tem, hoje, a saúde financeira como grande trunfo.
Até onde se sabe, contudo, o Vasco teria sido o único clube até aqui a ter formalizado uma proposta e mantém contatos constante com os representantes do atleta.
Para voltar ao Gigante da Colina, o zagueiro teria que aceitar uma grande redução salarial: segundo o jornal O Globo, os cariocas ofereceram R$ 200 mil mensais, R$ 500 mil a menos do que ele ganha em Belo Horizonte – valor dentro do teto salarial de cerca de R$ 350 mil mensais.
Além da identificação e da predisposição de Dedé em voltar a vestir a camisa vascaína, a esperança cruz-maltina está na garantia de que aceita o zagueiro independentemente de seu quadro médico: Dedé atualmente se recupera de uma cirurgia no joelho.
Ao que tudo indica, as próximas semanas serão decisivas para resolver esta novela.