Thiago Neves, Fábio, Henrique... Já campeões e gravados na eternidade por seus títulos e feitos, esses grandes nomes do Cruzeiro tentam se eternizar ainda mais na história celeste para se juntar a outros grandes nomes da Raposa em todos os tempos.
Entre eles, Da Silva, Leandro e Reginaldo. Três nomes importantes da história celeste, eles acompanharam a Raposa no jogo de ida da final da Copa do Brasil, na noite desta quarta-feira (10) e se emocionaram com a vitória celeste por 1 a 0 sobre o Corinthians. O jogo de volta será na próxima quarta-feira (17), às 21h45 (de Brasília).
A Goal Brasil acompanhou parte da partida ao lado dos ídolos estrelados no Camarote Brahma, no Mineirão, e conversou com o trio. A expectativa geral é de otimismo para o título celeste, mas Reginaldo acredita que o "1 a 0 ainda é pouco e perigoso".
No clima de resenha e muito alto astral, o ex-jogador, que conquistou uma Copa Libertadores e três Estaduais pelo Cruzeiro e agora sonha em ver mais uma conquista de seu time como torcedor, reclamou do jogo sem muitas emoções, com a Raposa melhor mas sem muita criatividade e criando grandes oportunidades (as melhores chances foram na bola aérea ou em chutes de média e longa distância), e o Corinthians sem obrigar Fábio a fazer uma defesa sequer durante todo o jogo.
Reginaldo ainda disse sentir saudades do antigo Mineirão, antes da reforma, que ainda contava com a tradicional geral bem próxima do gramado, ingressos com preços muito mais acessíveis para a população de baixa renda, e o "verdadeiro" tropeirão.
Já o ex-atacante Da Silva, bicampeão mineiro, campeão da Copa do Brasil e da Libertadores entre os anos de 1996 e 1997, não demonstrou tanta saudade assim e estava curtindo cada segundo.
O ex-jogador tirou várias "selfies" com o filho e, com a alegria característica, mostrou confiança na conquista celeste após a vitória por 1 a 0 no Mineirão. "O time do Corinthians só joga atrás, aí é difícil, e lá (em São Paulo, no jogo de volta) eles só vão jogar atrás de novo para tentar ganhar o jogo em uma bola, mas tenho confiança total de que o Cruzeiro vai conquistar o título", declarou.
Da Silva ainda lembrou dos tempos de jogador e revelou que não é nada fácil estar fora de campo como torcedor. "A maior e melhor lembrança (da carreira de jogador) é a da Libertadores (título em 97 com o Cruzeiro). A gente vê o Mineirão lotado desse jeito e lembra daquele dia, da gente jogando, ganhando e fazendo a festa com a torcida, É bacana demais lembrar dessa situação", disse.
"É muito difícil. Nós que somos ex-jogadores e estamos de fora sofremos mais do que qualquer torcedor, porque você quer estar lá dentro. O futebol não sai da gente", concluiu.
Leandro, outro ex-jogador do Cruzeiro, concorda com Da Silva. "Foi tenso (o jogo). A gente fica tenso do lado de fora, até pela forma que o Corinthians joga, mas é assim. Final não tem jogo bonito. O Fábio não fez nenhuma defesa, não vai nem precisar trocar de roupa, porque não sujou o material. Sem dúvida o Cruzeiro é o favorito, mas o futebol é dentro de campo", opinou o lateral-esquerdo da tríplice coroa em 2003.
O ex-atleta, também campeão mineiro em 2004 e 2006, porém, discordou na hora de abordar a saudade ou não de estar dentro de campo. "Já passou, a época passou. Agora fico ansioso como torcedor do lado de fora. É bom ver os amigos jogarem. Às vezes fico dando chutes no ar para tirar a bola, mas já passou (risos)", contou.
Acima de tudo, porém, os três amigos e ex-jogadores da Raposa curtiram muito a noite no Mineirão, com alto astral e cerveja, e movimentaram um interessante grupo de Whatsapp que conta com vários ídolos da história do Cruzeiro, desde os craques das décadas de 1960 e 1970 como Piazza, até jogadores mais recentes, como Fabrício e Leandro Guerreiro, com muitas fotos, vídeos e, claro, zoeira.