Chegou na Alemanha no verão de 2014, vindo do Grêmio, e ao início não foi fácil mas Wendell superou as dificuldades e hoje é o lateral esquerdo titular do Bayer Leverkusen.
Numa viagem ao passado recente, o lateral contou à 'Goal Brasil' como foram os primeiros tempos no país germânico e na Bundesliga.
Goal – No início, como foi sua adaptação aí na Alemanha?
A minha principal dificuldade foi o idioma, principalmente no primeiro ano. Por ser diferente, a comida também foi algo complicado no início, mas a língua foi mais difícil. De qualquer jeito, é um país muito diferente do que todos dizem. Falam que os alemães são frios, mas é o contrário. Fui muito bem recebido, me sinto muito bem aqui e estou 100% adaptado ao país, ao estilo de vida e ao estilo de jogo. Agradeço a Deus por estar tendo a oportunidade de viver nesse país de primeiro mundo, que me dá todo o suporte e ao clube que também me ajuda muito.
Goal – Quais foram as principais dificuldades que você encontrou para se adaptar ao futebol alemão?
A dinâmica de jogo e a intensidade dos treinos e das partidas. Nas primeiras semanas não conseguia nem levantar da cama, porque os treinos aqui são muito desgastantes e intensos. O futebol brasileiro é mais cadenciado e técnico, enquanto aqui é muito mais intenso. Precisei de um tempo para me adaptar, mas foi uma experiência bacana que me ajudou e segue me ajudando a jogar em alto nível.
Goal – Por onde você passa todos elogiam sua simpatia e dizem que você é sempre animado e brincalhão. Aí no Bayer Leverkusen o que você fez pra animar o elenco?
Nos meus primeiros dias aqui estava um pouco fechado por estar em um lugar diferente. Tinha gente no Brasil que me dizia que iria querer voltar depois de dois meses vivendo na Alemanha. Vim com essa mentalidade de que todos aqui eram mais quietos, mas nos primeiros meses já consegui animar o vestiário mesmo sem falar alemão. Meus companheiros diziam que mesmo sem entenderem nada já era o cara mais engraçado do time (risos). Aos poucos fui me adaptando, comecei a brincar com todos, mostrar o jeito brasileiro e apresentei pra eles todos os tipos de músicas. Hoje, já frequento a casa deles e eles a minha, que é algo que não é comum aqui.
Goal – O que você costuma fazer nos momentos de folga aí na Alemanha?
Sou muito fã de Playstation. Digo que o videogame é meu amor, porque chego em casa e muitas vezes nem tiro a roupa da rua e já vou jogar. Fico estressado comigo mesmo e se deixar fico o dia todo jogando. Sou fascinado. Muitas vezes alguém me chama pra sair pra jantar e falo que estou na pegada e peço para deixar para outro dia. É o vício (risos).