Os membros de uma delegação da FIFA que visitaram o Brasil nesta segunda-feira descartaram a imposição de sanções ao país, cinco vezes campeão mundial, após a revogação da decisão judicial que destituiu provisoriamente o presidente da CBF.
Os representantes enviados pela FIFA consideraram que a "normalidade foi restaurada" após a Suprema Corte restituir Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF, encerrando uma intervenção judicial que colocou em dúvida a participação do Brasil no Pré-Olímpico da Venezuela, conforme informou a Confederação em comunicado.
Foi o próprio Rodrigues quem recebeu, no seu escritório na sede da CBF, o diretor de assuntos jurídicos da FIFA, o espanhol Emilio García, e o gerente jurídico da CONMEBOL, o paraguaio Rodrigo Aguirre, enviados para verificar a situação do futebol brasileiro.
García afirmou durante o encontro que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira passada evitou que o Brasil corresse o risco de ser excluído de competições internacionais, de acordo com um comunicado da CBF.
"A FIFA veio aqui para garantir a independência da CBF e o cumprimento dos estatutos da FIFA e da CONMEBOL. Ficamos contentes e aliviados com a decisão do Supremo Tribunal que restabeleceu o presidente Ednaldo. O mais importante para a Fifa e para a Conmebol é que o futebol brasileiro escolheu o presidente Ednaldo, é a Assembleia Geral da CBF que tem competência para isso", afirmou García, conforme citado na nota.
O retorno à normalidade foi garantido pelo magistrado Gilmar Mendes, um dos membros do Supremo Tribunal e que seguiu a recomendação do Ministério Público e da Advocacia-Geral da União para anular a decisão judicial que destituiu Rodrigues, nomeou um interventor e ordenou novas eleições na CBF.
Rodrigues chegou a ficar quase um mês afastado da entidade depois que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em uma decisão no dia 7 de dezembro, considerou ilegal a votação que o elegeu em 2022.