A segunda etapa de Zinedine Zidane no banco merengue não foi ruim, embora os grandes números e conquistas alcançados em sua primeira etapa (janeiro 2016-junho 2018) não deixassem margem para comparações. O técnico francês anunciou sua saída do Real Madrid dias após o final da temporada. O nome de Zidane é história e será escrito em letras maiúsculas.
Com BeSoccer Pro trazemos à tona as estatísticas do treinador merengue desde que ele voltou em 11 de março de 2019 para resgatar um Real que não conseguia encontrar o rumo desejado com Lopetegui e um expresso Solari. Dos 114 jogos de Zidane no banco madrilenho, considerando todas as competições oficiais, o percentual de vitórias é próximo a 60% (68), enquanto o de empates são 22,81% (26) e as derrotas são 17,54% (20).
Na primeira era de 'Zizou', o Real Madrid só precisou de 16,6 jogos para conseguir o título, tarefa que nos últimos anos tem sido difícil para eles. Durante 2016, 2017 e 2018 acumularam nove taças em suas vitrines, e com a marca de vencer três Champions consecutivas. Eles ganharam 69,8% de suas batalhas (104) e perderam apenas 10,74% (16).
Na segunda passagem, ele só conseguiu vencer a LaLiga e a Supercopa, o que se traduz em um reconhecimento a cada 57 jogos. Um dos principais obstáculos do Real Madrid desde a saída de Cristiano Ronaldo tem sido a falta de pontaria no chute a gol ou, melhor, a escassez de gol.
A média de gols a favor que mantinha de 2,64 por jogo caiu para 1,78. Bons números, mas longe do trabalho realizado nos anos maravilhosos de um clube extremamente devastador. O atacante português, com Zidane no comando, foi o maior artilheiro da equipe com 112 gols, seguido de Benzema com 43.
Nos últimos anos, seu compatriota havia se tornado seu braço direito para tudo: protagonista em mandar a bola para a rede (65 gols, longe dos 17 de Ramos), maior garçom (à frente de Kroos) e o jogador com mais jogos e mais vitórias. A posição nestes dois últimos cenários pertencia a Lucas Vázquez. Aqui se pode ver o peso do francês nos planos de Zidane em seu último período onde conquistou um valor especial.
Da mesma forma que analisando a % de jogos marcando o saldo pende para o primeiro ciclo (93,96% contra 83,33%), o mesmo não acontece se levarmos em conta o número de clean sheets. As defesas de Courtois, que foi um verdadeiro muro nas partidas onde esteve presente, melhoraram as médias de Keylor Navas, exceto em ocasiões específicas em que esteve ausente: de uma temporada a outra passou de 28,86% para 41,23%.