Agora técnico, Roger Machado volta a um Fluminense bem diferente do que deixou como jogador

O Fluminense já tem seu novo técnico: trata-se de Roger Machado, parado desde que deixou o Bahia, em meados de 2020. O treinador chega para substituir Marcão, assistente da comissão técnica permanente que assumiu o cargo após a saída de Odair Hellmann em direção ao Mundo Árabe.
E o comandante chega para comandar o time em uma competição que o clube não sabe o que é disputar já faz algum tempo: a Copa Libertadores da América. Os cariocas já estão classificados para a fase preliminar da competição e podem até conseguir a vaga direta na fase de grupos caso vençam o Fortaleza na última rodada e o São Paulo não saia com uma vitória diante do Flamengo.
Mas se o Fluminense não participa da Copa Libertadores desde 2013, quando foi desclassificado pelo Olimpia nas quartas de final da competição, Roger Machado tem experiência em disputar o torneio com a camisa tricolor.
Autor do gol do título da Copa do Brasil de 2007, o agora técnico esteve presente no time que foi vice-campeão em 2008, perdendo para a LDU na grande decisão, junto de nomes como Washington, Thiago Neves, Conca, Thiago Silva e grande elenco. O jogador, inclusive, esteve presente no fatídico jogo no Maracanã, onde o Flu terminou sendo derrotado nos pênaltis.
Agora como treinador, Roger volta a um Fluminense, porém, bem diferente daquele onde encerrou a carreira no final da década passada. O Tricolor, naquela época, era um dos times mais poderosos do Brasil, contando com os investimentos da parceira Unimed. Com os recursos da empresa operadora de planos de saúde, o time conseguiu ir com força no mercado e montar grandes equipes por mais de dez anos.
A fonte secou, porém, e a parceria acabou em 2014. Desde então, o time vive outra realidade: crise financeira, poucos recursos para contratar e uma equipe mais jovem, repleta de apostas, ao invés das certezas, trazidas pela Unimed. Em 2020, porém, Odair Hellmann e Marcão conseguiram classificar o clube de volta para a Libertadores, pela primeira vez desde que a parceria com a empresa se encerrou.
O time comandado por Roger Machado, então, não será o mesmo Fluminense endinheirado de outrora: com jogadores pouco valorizados no mercado, mas que fizeram grande temporada, como Luccas Claro e Yago Felipe, bem como uma grande geração de jovens da base que conta com nomes como Luiz Henrique, Martinelli, Jhon Kennedy, Calegari e Marcos Felipe, o novo treinador da equipe terá desafios maiores pela frente.
É nesse panorama que o técnico assume o Tricolor, querendo, por quê não, ir longe na Copa Libertadores. Uma chance de ouro para ambas as partes, querendo recuperar os anos de glória que viveram juntos.