As lições que o Japão aprendeu e também deixou

BeSoccer há 5 anos 530
O Japão deixou a classificação escapar nos minutos finais da partida. Goal

Samurais Azuis chegaram a ter a vaga nas mãos, mas levaram virada da Bélgica no último lance do jogo.

A seleção do Japão deixa a Copa do Mundo com um gostinho de que poderia ter feito mais. Os Samurais Azuis abriram 2 a 0 sobre a Bélgica, mas não souberam administrar o placar e, como maior castigo, sofreu o gol da virada no último lance da partida.

E são justamente nestes momentos em que se é preciso tirar lições positivas e negativas, para que num futuro próximo a "tragédia", como definiu o técnico Akira Nishino, não volte a acontecer. 

FATORES POSITIVOS

O Japão mostrou desde o início da Copa que estava com um elenco unido, encabeçado por Akira Nishino. O técnico optou por trazer à Copa jogadores experientes como Hasebe, Inui, Okazaki, Hasebe e Kagawa. E o que poderia ser arriscado, funcionou. Os japoneses tiveram grande comprometimento tático e organização, sabendo aproveitar dos pontos fracos dos adversários e, consequentemente, marcando gols. Assim, os nipônicos conquistaram cada vez mais confiança.

Além disso, os Samurais Azuis provaram na fase de grupos que um pouco daquela "ingenuidade" típica de seleções asiáticas ficou para trás. Quer um exemplo? É só lembrar a forma como a equipe se classificou: jogando com o regulamento debaixo do braço e segurando a derrota por 1 a 0 para a Polônia na última rodada, pois sabia que a Colômbia vencia Senegal e, desta forma, estava ficando com a vaga devido ao menor número de cartões amarelos.

 

Quem também merece ressalvas é o técnico Akira Nishino, que ajudou alguns jogadores a recuperar a confiança quando vestem a camisa do Japão, como Kagawa. Ele provou ser, como dizem nos termos futebolísticos, "bom de vestiário". Porém, ele também errou, veja abaixo.

FATORES NEGATIVOS

Apesar de ter um elenco repleto de jogadores experientes, faltou aquela "casca" entre os atletas. Por exemplo, no jogo da eliminação contra a Bélgica. Os Samurais Azuis venciam por 2 a 0 e tinham o adversário completamente perdido em campo. Faltou essa experiência em grandes competições internacionais por parte do treinador e também dos jogadores para conseguir segurar o placar. Aquela mesma malícia diante da Polônia faltou justamente no jogo mais importante para os japoneses na Copa e a oportunidade de fazer história ao alcançar as quartas de final escapou.

Vale ainda reforçar a ideia de que Nishino poderia ter mexido na equipe quando ainda vencia por 2 a 0 ou 2 a 1, colocando mais um jogador no meio de campo para ficar com a "casinha fechada", afinal, era um jogo de tudo ou nada. Por mais experiente e reconhecido que ele seja na "Terra do Sol Nascente", o treinador também precisa de um pouco mais de rodagem no cenário internacional. 

 

São algumas lições que servem não só para o Japão, mas para quem passou e passará pela Copa do Mundo. A margem para erro é mínima e, literalmente, o jogo só acaba quando o juiz apita.

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