Bando de Loucos: Falando com Anjos

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Basílio, antigo jogador do Corinthians. Goal

"Sim, eu falei com meu anjo da guarda e compartilho o papo com os leitores".

Por Luís Butti, de São Paulo

Talvez alguns não saibam, mas sou um dos Guias do Tour da Arena Corinthians. Intitulado “Casa do Povo”, fui o anfitrião escolhido (ao lado do amigo Bruno Di Iorio) para guiar um par de Tours Especiais, com Basílio, o nosso mito de 1977.

Sim, eu falei com meu anjo da guarda e compartilho o papo com os leitores.

Sobre o gol de 77, uma curiosidade: após a primeira rebatida, Basílio conta que quase saiu da jogada para reclamar com o Dulcídio (árbitro). Jurava que a bola havia entrado na primeira finalização, cortada por Oscar em cima da linha. Por pouco, Basílio não faria o gol. Por falar nisso, o mesmo disse que, se não fosse o autor do gol, gostaria que Palhinha (que ficou fora do terceiro jogo), fizesse o gol do título em seu lugar. O ex-cruzeirense foi bastante essencial na campanha.

Fora o gol de 1977, seu gol favorito foi um contra o São Paulo, que a bola levemente encobre o goleiro e entra, numa tarde onde o próprio Basílio não ia jogar.

Perguntei a Basílio se se sentia um anjo e a resposta foi não. Também questionei qual era o jogador do elenco atual que ele mais via um Basílio nele e a resposta foi o volante Maycon, pelas semelhanças.

Outro ponto alto foi quando o questionei qual seria o time europeu que ele gostaria de jogar (e se adaptaria melhor ao sistema de jogo) caso ainda atuasse, e a resposta foi o Real Madrid, pelo seu jogo coletivo.

Por falar em tática, Basílio conta que era bastante raro tocar no assunto nos anos 70. Ele enaltecia muito o chamado “Teamwork” de Brandão. Essencial para conseguir parar a Ponte de 1977, que possuía muito toque de bola.

Em alguns momentos, o assunto 1976 também apareceu. Algumas histórias engraçadas envolvendo o técnico Duque e Vicente Matheus, na Invasão Corinthiana, entre elas a famosa macumba feita com pólvora no tapete do Hotel. Duque, até hoje, bastante apegado com religião, quase causou um incêndio no Rio. Funcionou. O Corinthians classificou.

Basílio também proferiu óbvios elogios ao Rei Pelé, adversário da época de Portuguesa. Aliás, vê com pessimismo a situação da Lusa. 

Basílio é um ser amável, que devemos exaltar e ouvir diariamente.

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Mas o ponto alto mesmo foi quando o telefone do Camisa 8 toca: era Geraldão. O centroavante de 77 queria ingresso para o jogo contra o Santos, vencido pelo Timão por 2x0.

Ah, e Basílio é contra aposentar a Camisa 8 do Corinthians. Quer que a mística se renove.

Que assim seja.

Obrigado, meu anjo Basílio. 

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