Alejandro Martinuccio, um dos poucos que sobreviveram à tragédia aérea ocorrida na Colômbia no passado mês de novembro, não vestirá mais a camisa da Chapecoense já que o clube rescindiu seu contrato. O diretor esportivo e o jogador deram suas versões do ocorrido.
Uma lesão provocou que o jogador da Chapecoense no viajasse no avião que colidiu no passado mês de novembro.
Na reconstrução do time, várias ações do futebolista incomodaram no clube, pesaram na decisão a publicação de críticas do jogador nas redes sociais, na noite de quarta, após a partida contra o Atlético-MG.
"Para esclarecer dúvidas e boatos sobre mim, estou cem por cento e não estou machucado. São eleições destas grandes mudanças e tenho que respeitá-las. Não duvidem de mim", escreveu Martinuccio.
O diretor rebatiu o comportamento do jogador e na tarde da quinta-feira (2), a Chapecoense anunciou a rescisão do contrato com o meia.
"Esse tipo de comportamento não cabe na reconstrução. Esse é o meu recado. Ele deveria ter vindo ao vestiário e abraçado os companheiros. Ele mostrou que não está envolvido no nosso projeto", explicou Maringa, diretor futebol da Chapecoense.
"Conversamos com Martinuccio e tomamos a decisão de encerrar o ciclo dele na Chapecoense. A decisão foi do clube. Foi o primeiro atleta que conversei quando cheguei na Chapecoense. O episódio de ontem teve um peso grande. O coletivo está acima de qualquer coisa na Chapecoense", disse.
Poucas horas depois do anúncio da decisão o meia usou novamente uma rede social para falar sobre a Chapecoense. O meia publicou uma foto do ex-presidente Sandro Pallaoro ao lado dos dirigentes Maurinho e Cadu, todos mortos no acidente na Colômbia.
"Hoje termina um ciclo pra mim, e não quero me despedir sem falar muito obrigado a esos (esses) 3 caras que me deram uma oportunidade no clube, e a torcida por sempre gritar meu nome. Isso aqui é futebol e as coisas acontecem mas a dignidade e o primero (é o primeiro), não me arrependo de nada", escreveu o jogador na publicação.