Mesmo jogando com um a menos desde o primeiro minuto, devido à expulsão de Gregore, o Botafogo conquistou neste sábado o seu primeiro título da Copa Libertadores ao vencer o Atlético Mineiro por 3 a 1 na final, disputada no Estádio Monumental de Buenos Aires.
Luiz Henrique, aos 34 minutos, Alex Telles, de pênalti, aos 43, e Júnior Santos, aos 97, marcaram os gols que garantiram a vitória do Fogão. O clube carioca, apesar da desvantagem numérica desde o início, superou todas as dificuldades para levantar o troféu. Júnior Santos, que entrou em campo aos 80 minutos, consolidou-se como o artilheiro máximo da competição.
O Atlético Mineiro descontou aos 46 minutos com Eduardo Vargas, atacante chileno que havia entrado no intervalo. Com esse triunfo, o time comandado pelo técnico português Artur Jorge garantiu a última vaga no Mundial de Clubes de 2025. O Botafogo se junta a Flamengo e Fluminense, tornando-se o terceiro representante do Rio de Janeiro na competição, que será realizada nos Estados Unidos. Além disso, Palmeiras e os argentinos Boca Juniors e River Plate também representarão a América do Sul no torneio.
Com essa histórica conquista – a segunda internacional em 120 anos de história, após a Copa Conmebol de 1993, o Botafogo será o representante sul-americano na Copa Intercontinental deste ano. O clube enfrentará o Pachuca no dia 11 de dezembro, em Doha.
O jogo
A final começou com muita emoção. Logo aos 35 segundos, o árbitro argentino Facundo Tello expulsou Gregore por um chute no rosto de Fausto Vera, deixando o Botafogo com 10 jogadores quase desde os vestiários. A partir desse momento, o Atlético Mineiro assumiu o controle da posse de bola e criou oportunidades para abrir o placar.
No entanto, aos 34 minutos, em uma excelente jogada pela esquerda entre Thiago Almada e Luiz Henrique, o Botafogo abriu o marcador. Após um cruzamento para trás, Luiz Henrique aproveitou um rebote e finalizou rasteiro, sem chances para Everson.
Poucos minutos depois, aos 39, Luiz Henrique pressionou Guilherme Arana, que protegia a bola para a saída de Everson. O goleiro tentou interceptar, mas acabou derrubando o atacante do Botafogo. Após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti. Alex Telles converteu a cobrança com um chute forte no canto esquerdo, ampliando a vantagem aos 43 minutos.
No início do segundo tempo, o técnico Gabriel Milito promoveu três alterações: Mariano, Bernard e Eduardo Vargas entraram em campo. A mudança deu resultado imediato: aos 46 minutos, após um escanteio perfeito cobrado por Hulk, Vargas marcou de cabeça, colocando a bola no ângulo superior direito de John.
Aos 52 minutos, o Atlético Mineiro teve a chance de empatar. Em mais uma jogada de Hulk, Deyverson tentou cabecear, mas a finalização saiu desajeitada e sem direção. A partir daí, o time mineiro insistiu em cruzamentos, tanto em jogadas de bola parada quanto em movimento, mas a defesa do Botafogo, mesmo com um jogador a menos, resistiu heroicamente.
Aos 87 minutos, o Atlético teve outra oportunidade clara. Mariano cruzou para Vargas que, cara a cara com o gol, chutou por cima da trave, desperdiçando a chance de igualar o placar.
Na última jogada da partida, Júnior Alonso perdeu a bola, perto da bandeirinha de escanteio. Júnior Santos aproveitou, avançou até a área e, após um desvio em Alan Franco, finalizou e garantir o terceiro gol do Botafogo. O estádio, tomado por cerca de 40 mil torcedores alvinegros, explodiu em comemoração com a vitória e o título inédito da Libertadores.
Com esse resultado, além da vaga no Mundial de Clubes de 2025, o Botafogo também garantiu a participação na Copa Intercontinental deste ano, onde enfrentará o Pachuca, no dia 11 de dezembro, em Doha. Uma conquista que ficará para sempre na memória da torcida e marca um novo capítulo na história do clube.