O Getafe saiu com um ponto em sua visita à La Catedral graças a uma soberba atuação de um David Soria que defendeu todas as chegadas do Athletic Bilbao. O único chute que ele não pegou foi o de Yuri. O jogo terminou em 1 a 1.
A La Catedral, o apelido pelo qual San Mamés é conhecido, viveu a 'canonização' de um homem em particular nesta sexta-feira: David Soria, que defendeu o Getafe em todos os momentos e foi o grande culpado pela conquista de um ponto de ouro para os 'azulones' após momentos complicados no segundo tempo.
Isso porque a equipe de Madrid ficou com dez jogadores em campo após a expulsão de Cuenca, que agarrou Sancet pelas costas quando estava pronto para acertar o chute na cara do gol. Os de Quique Sánchez Flores souberam sofrer e isso que começaram ganhando.
Ünal, o artilheiro de sua equipe, levou três minutos para marcar seu 14º gol na LaLiga. Djené surgiu da direita, colocou a bola na área e o turco, que foi marcado por Vesga, cabeceou uma bola que Unai Simón não conseguiu defender.
Apesar do gol sofrido, o Athletic Bilbao melhorou seu jogo e colocou o adversário em sérios apuros, que foi obrigado a dar um passo para trás. E foi aí que surgiu a figura de Soria.
Para a Igreja, a canonização é declarar como santo uma pessoa falecida. Neste caso, o goleiro estava muito vivo e exibiu todas as suas virtudes para manter seu time no jogo. E do minuto 7 até o final, o madrilenho não parou de brilhar.
Iñaki Williams, Vesga e Vivian, entre outros, fizeram San Soria trabalhar. Seja uma bola aérea ou um chute rasteiro, o goleiro deu um show. O único que pôde derrubá-lo foi Yuri, graças a um chute cruzado depois de tabela com Williams.
Com o 1 a 1, o Getafe baixou a intensidade e o Athletic acabou reinando. A ofensiva total de Marcelino e Getafe se apoiou em seu goleiro. À beira do intervalo, o ex-jogador do Sevilla negou o gol a um Iñaki que finalizou praticamente na frente dele.
Após cerca de 15 minutos de pausa, o início do segundo tempo começou eletrizante. O Athletic continuou a ter o monopólio da bola e a única coisa que os separou do gol foi David Soria, que continuou com a sua extraordinária exibição.
Antes de oferecer um show na reta final, sua equipe sofreu a expulsão de Cuenca. O zagueiro, na tentativa de impedir o avanço de Sancet, o puxou no momento em que ele ia encarar o goleiro e o árbitro, que inicialmente indicou o ponto dos 11 metros, mudou de ideia e apontou a falta e a pertinente expulsão do jogador.
O Getafe ficou com um a menos aos 66 minutos e foi tudo ainda mais difícil, mas Soria estava lá para fazer seu trabalho. Marcelino estava desesperado porque ele defendeu mais um grande chute de Iñaki após uma enfiada de Berenguer.
Como se isso não bastasse, Vivian, já nos momentos finais, parou novamente no goleiro. Muniain cobrou falta direta e o zagueiro, que estava à frente de todos, deu um belo cabeceamento e o madrilenho voltou a defender o gol.
E foi assim que o Getafe, graças à enorme figura que tinha no gol, conseguiu um ponto de ouro depois de passar cerca de 30 minutos com um jogador a menos. E tudo se deve a Soria.