Fabinho espera ligação de Tite e aposta em títulos para o Monaco

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Apesar de ter apenas 23 anos, Fabinho é um dos jogadores mais experientes do Monaco, equipe que atualmente está na vice-liderança da Ligue 1 (Campeonato Francês) e vem mostrando um ataque equiparável, em número de gols, aos de Real Madrid e Barcelona, considerando os principais torneios domésticos da Europa.

Batedor de pênaltis oficial da equipe do Principado, Fabinho passou da lateral-direita para o meio de campo. A mudança aumentou a sua participação positiva nas situações de jogo, mas seja em qualquer posição ele reitera o desejo de melhorar constantemente. Em entrevista exclusiva, o camisa 2 falou sobre a esperança de ser convocado por Tite, sondagens do Manchester United, esperança de títulos na temporada e muito mais!

Você é o jogador mais influente doo seu time, em termos de toques na bola, número de passes, divididas... Você tem noção de que passou a ser um cara indispensável para o Monaco?

“Eu não penso muito sobre isso. Eu jogo em uma nova posição, e acho que é normal participar mais do jogo e tocar mais na bola. Eu sempre busco ser importante e decisivo para o time. No momento eu tenho, sim, essa noção”.

Nos últimos anos, você era visto como uma das maiores promessas na Ligue 1, e agora é visto como um dos melhores jogadores. Você sente essa mudança de dimensão?

“Sim, um pouco. Já é a minha quarta temporada no Monaco, e sei que as coisas mudaram. Eu ganhei mais responsabilidades, como as cobranças de pênaltis. Eu gosto, e acho que é normal desde que estou aqui”.

Cada vez mais jogadores de peso estão chegando na Ligue 1, você acha que o campeonato melhorou desde a sua estreia em 2013?

“É um pouco difícil de ver, porque o PSG ainda é campeão e tem toda essa atenção. Nesta temporada o campeonato está mais equilibrado e, por exemplo, eu até já dei entrevistas para jornais brasileiros! Existe uma demanda pelo Nice, pelo Monaco. Isso mostra que ter equilíbrio é melhor. Isso é importante para a França e para nós. Espero que isso continue durante toda a temporada e pelas próximas que virão também”.

(Fotos: Getty Images)

Qual é o melhor jogador que você já enfrentou na Ligue 1?

“Eu sempre adorei o Verratti. Ele tem um jogo diferente do meu, é mais técnico, é um jogador que eu gosto. Ele não perde a bola e assume os riscos, é perigoso. Mas é isso que eu gosto nele. O controle de bola que ele tem é impressionante”.

Você disse algumas vezes que mudou de posição, dizendo que prefere jogar na lateral-direita. O contrário também acontece?

“O hábito de jogar como um meio-campista me faz gostar dessa posição. Eu participo mais do jogo, toco mais na bola. Você me passou estatísticas que eu não sabia! As pessoas falam mais de mim agora, mas eu sempre fui lateral-direito. Também é importante mostrar que eu posso jogar nas duas posições”.

A gente não fala muito sobre a sua carreira, que vem desde quando você saiu do Brasil e passou por Portugal até chegar ao Real Madrid. O que não funcionou na Espanha? Era muito cedo para você?

“Talvez... era a minha primeira temporada como profissional. Em um primeiro momento foi difícil porque o campeonato é absolutamente diferente. Eu aprendi o idioma e fiquei melhor. Ainda continua sendo uma boa experiência, eu poderia ter ficado no Castilla (equipe B do Real). Eu não sei se eu tive muita pressa ou não. Eu queria vir para o Monaco”.

Você se encontrou com o José Mourinho, que te queria no último verão e sempre coloca você entre os seus alvos. O que isso lhe diz a respeito de sua evolução?

“Diz que eu tomei a decisão correta ao deixar o Real Madrid. Mostra que aqui em Monaco o time faz um bom trabalho, porque as individualidades só aparecem quando o coletivo é bom. O clube já vendeu vários jogadores, especialmente os talentos mais jovens. Teve uma coisa com o Manchester, acho que teve um interesse. Mas não foi nada concreto. Eu estou tranquilo no Monaco, tivemos um bom início de temporada e estou focado nisso”.

Existe algum treinador com o qual você gostaria de trabalhar algum dia?

“Eu gostaria de trabalhar com o Tite na Seleção (risos), então espero que ele me ligue!”

No Monaco você sempre contou com a confiança do técnico Leonardo Jardim, que ajuda os jovens talentos do clube como Bernardo Silva, Thomas Lemar, você e Kylian Mbappé a crescerem. Qual é o papel dele para vocês?

“Ele é muito importante, porque me passou muita confiança mesmo quando eu não estava jogando muito bem e não merecia. Ele sempre conversou comigo. Fora de campo também. Não falamos apenas sobre futebol, ele também me pergunta sobre minha família ou minha vida. Ele é um treinador muito importante para mim”.

O quão importante o Falcao é dentro dos vestiários?

“Ele é muito importante. No ano passado não tínhamos um líder que falava como ele. Nós tínhamos líderes, mas ele é um pouco diferente. Ele fala bem, sabe quando fazer isso, especialmente com os jogadores mais novos, que cometem erros normais para a idade. Ele se dá bem com o treinador, eles trocam boas ideias. Ele é o líder que nós precisávamos”.

Nós costumamos dizer que o seu time é formado por jovens talentosos, mas agora vocês já estão juntos por um bom tempo. Já dá para conquistar títulos?

“Acho que sim, a cada temporada nós tentamos conquistar um título, mesmo que até agora não tenha acontecido. Acredito que o que importa é que nesta temporada o clube manteve quase todos os jogadores importantes. Funciona bem, geralmente nós temos inícios difíceis, mas nesta temporada funcionou bem. Esperamos que chegue algum título nesta temporada”.

Quando um time vence o PSG e tem o melhor ataque da Europa, qual é o sonho?

“Nós sonhamos em disputar o título da Ligue 1, especialmente contra o Paris Saint-Germain. Acho que mesmo que eles não estejam em primeiro neste momento eles serão o nosso maior competidor. O Nice também está fazendo um início muito bom, também vamos disputar com eles. Sobre as copas nacionais, vamos jogar pelo título”.