Falta de grandes centroavantes na Seleção faz Jô sonhar com a Copa do Mundo: “esperança até o último dia”

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Falta de grandes centroavantes na Seleção faz Jô sonhar com a Copa do Mundo: 'esperança até o último

Exclusivo! O atual jogador do Nagoya Grampus avaliou a falta de opções para o papel do “clássico camisa 9” e sonha em ser chamado por Tite

Centroavante matador, referência de profundidade no ataque de um time. Jô é um dos raros jogadores com essa característica que tiveram sucesso recente no Brasil. Em 2017, o atacante surpreendeu a todos ao ser artilheiro do Corinthians [18 gols] na campanha do título brasileiro de 2017.

Negociado com o futebol japonês, o atual camisa 7 do Nagoya Grampus sabia que ao deixar o futebol brasileiro o sonho de disputar a sua segunda Copa do Mundo diminuiria. Entretanto, garantiu, em entrevista exclusiva à Goal Brasil, que a esperança de estar na lista final de Tite vai durar até o último segundo. Motivo? As poucas opções para o setor, e o sucesso recente com a camisa do Timão.

“Realmente nos últimos anos o Brasil tem tido poucos centroavantes, daqueles de área mesmo, goleadores. Dá pra contar nos dedos aqueles que se destacaram mais”, avaliou, ao ser perguntado sobre uma ‘crise’ na formação de atacantes com a característica do que se convencionou a chamar de clássico camisa 9.

“Isso que me deixa esperançoso pra jogar uma Copa do Mundo. O próprio Tite já disse que busca um atacante que tem essa característica mesmo, para ter uma alternativa ao Gabriel Jesus e o Firmino, que fazem várias funções  ali na parte da frente. Então eu ainda fico esperançoso por causa disso. Eu fiz um 2017 maravilhoso, e tudo isso ainda me dá uma pontinha de esperança”.

“É claro que se eu tivesse permanecido no Brasil, começado o Campeonato Paulista fazendo gols, estando em evidência como estive em 2017, a chance seria muito maior. Mas eu fiz minha escolha sabendo disso, o trabalho que eu fiz não seria apagado de uma hora pra outra. Existem pessoas que observaram. Até eu ver a última lista eu vou ter esperança, até o último dia vou continuar com esperança”.

Na conversa, o atacante garantiu não ter se arrependido ao escolher o futebol japonês, e revelou que vence o fuso horário para acompanhar o Corinthians... que mesmo sem contar com o tal do centroavante de referência, tem tudo para fazer um excelente 2018. Confia abaixo outras partes da entrevista!

Por que você acha que hoje temos tão poucos centroavantes ‘clássicos’ como há tempos atrás?

“Acredito que na base tem muitos centroavantes bons, mas também acho que olharam muito pra Europa e acho que quiseram copiar muito o ‘Falso 9’... e aí os meninos que vêm da base ficam tentando se reinventar nessa parte de ‘Falso 9’ e acabam se esquecendo um pouco o centroavante de origem. Acho que foram essas duas coisas".

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"O ‘Falso 9’ dá qualidade para o ataque, mas todo time precisa de um cara lá dentro da área, que brigue, faça gols... o cara do ataque ali mesmo. Então o Brasil perdeu um pouco isso”.

Como você está vendo esse Corinthians, escalado sem uma referência no ataque?

“Eu acompanho os jogos, apesar de a maioria ser na madrugada aqui. Mas eu acordo pra ver, porque deixei amigos lá... e eu sou corintiano, sempre acompanhei (risos). Não vou deixar de acompanhar por fuso horário (risos)”.

“Vejo o Corinthians se reinventando. Mas vejo com bons olhos. O Corinthians tem feito bons jogos, contra o São Paulo agora não foi o que a gente esperava. Mas foi um jogo bom, e tem mais um jogo para reverter” [nas semifinais do Campeonato Paulista].

Deu vontade de entrar em campo neste último clássico contra o São Paulo?

“Meu pai até mandou uma mensagem pra mim: faltou o filho do Dario, né (risos)? A gente sente saudades, né (risos)?”.

Não deixe de acompanhar: na manhã desta terça-feira (27), Jô revela segredos por trás do 7 a 1 para a Alemanha, detalha a nova vida no Japão e diz qual é o único clube do Brasil que não aceitaria jogar!

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