Fluminense de Odair rebate críticas e abre leque de opções para o ataque

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Fluminense de Odair rebate críticas e abre leque de opções no ataque. Goal

Sem Evanílson, vendido ao Porto, o Tricolor deve que se desdobrar para encontrar novos nomes, que vão dando conta do recado.

O Fluminense de Odair Hellmann, intruso nas primeiras posições do Brasileirão, vem surpreendendo. Criticado no começo do ano e - especialmente - após a eliminação na Copa do Brasil diante do Atlético-GO, o clube carioca vem mostrando consistência, repertório e deve completar um ano mais tranquilo do que foi 2019.

Desde 2014, quando foi o sexto colocado do Campeonato Brasileiro, o Tricolor vem sofrendo para fazer boas campanhas na competição: chegou a brigar contra o rebaixamento em boa parte das temporadas, trocou de técnico constantemente e fazia mais barulho fora de campo do que dentro dele.

Os problemas extra-campo ainda existem, mas nas quatro linhas, com Odair Hellmann, vem sendo diferente. O time é o quinto colocado na tabela de classificação e vem de cinco jogos sem derrota, ainda tendo um elenco modesto. Nesta quarta-feira (14), mesmo com boa parte de seu time reserva, fez jogo duro diante do líder Atlético-MG e só cedeu o empate no segundo tempo, tendo boas chances para marcar o segundo gol.

Questionado pelo estilo de jogo retrancado em certos momentos do ano, Odair continua fiel às suas convicções, mas vem mudando algumas peças: a trinca de Hudson (ou Yuri), Dodi e Yago Felipe foi remanejada, com este último sendo substituído por Miguel Araujo. O uruguaio, até agora, provou ser mais eficiente no ataque que o ex-jogador do Goiás, além de ser mais "sanguíneo". Com Nenê aproveitando suas oportunidades na bola parada e Fred voltando a fazer a diferença, o time vinha subindo na tabela.

Diante do Galo, entretanto, poucas dessas peças foram para o jogo. Sem Araujo, Nenê e Fred, o treinador resolveu utilizar três atacantes mais velozes: Caio Paulista, o garoto de Xerém Luiz Henrique e Felippe Cardoso - Fernando Pacheco foi titular, mas saiu substituído com um minuto após sentir dores. O resultado, de novo, foi positivo.

O Fluminense não só segurou o Atlético-MG, mas jogou bem e poderia ter saído com a vitória. Caio Paulista, em seu melhor jogo pelo Tricolor, finalmente marcou seu primeiro tento na carreira, enquanto a prata da casa Luiz Henrique mostrou sua qualidade na frente com belos dribles e boas jogadas. No comando de ataque, Felippe Cardoso continuou a boa fase e mostrou que, pelo menos, pode ser um reserva útil.

Com um elenco pouco qualificado e sem muito dinheiro para reforços, Odair vem encontrando soluções onde outros treinadores poderiam encontrar problemas: Digão e Luccas Claro, na zaga, vem jogando em alto nível - com o segundo voltando de lesão -, enquanto Igor Julião, substituindo o garoto Calegari, emplacou jogos bons na lateral direita. Dodi, no meio, já uma realidade, e Hudson vem se mostrando cada vez mais útil não só defendendo mas também atacando. 

Assim, o Fluminense vai se distanciando de outros clubes com a mesma condição financeira na tabela, se firmando nas primeiras posições e ares de tranquilidade começam a rondar o Maracanã. Tranqulidade, talvez, para alçar voos ainda maiores.

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