Gianni Infantino nega pressão para realizar final da Libertadores

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Gianni Infantino. Goal

Presidente da Fifa também afirma não gostar de jogos de uma liga em outro país, mas vê decisão sul-americana como "caso extremo"

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, nega que tenha feito qualquer tipo de pressão para realizar a final da Copa Libertadores. O mandatário da entidade máxima do futebol mundial foi acusado de ter pressionado a Conmebol e os finalistas Boca Juniors e River Plate para realizar a decisão de qualquer maneira.

"O presidente da Fifa não pode tomar uma decisão nem pressionar neste sentido, porque é uma decisão que pertence a Conmebol. Mas, é claro, o presidente da Fifa estava no Monumental. E eu tenho um pouco de experiência na organização de competições... Não sei quantas Champions organizei na Europa e várias Eurocopas", disse Infantino, que antes de ser presidente da Fifa, foi secretário-general da Uefa, ao jornal espanhol Marca.

"Se eu posso ajudar, ajudo e apoio. Creio que sempre se tem que jogar quando é possível. A primeira decisão de tentar jogar com as informações que existiam naquele momento foi a decisão correta", completou.

"Sempre é melhor jogar a partida. Tinham 60 mil pessoas no estádio, todo um país e muitas pessoas em todo o mundo esperando a partida. E quatro idiotas lançando pedras não devem frear todo o resto", acrescentou.

Questionado pela reportagem do veículo espanhol de que eram mais de "quatro idiotas", Infantino afirmou: "Sim. Quatro, 40, 400 ou 4.000. Idiotas, de todas as maneiras, que não podem parar tudo. Se é possível jogar, tentamos jogar. Creio que essa foi a atitude correta de todos que estavam lá. Quando já não era possível, porque tinham jogadores que não estavam bem de verdade, então se adiou. E, quando não é possível, se necessita calma, tranquilidade, baixar a tempetura", opinou.

Para o presidente da Fifa, porém, jogar partidas de uma liga em outro país não é o certo. La Liga deve realizar jogos em Miami, nos Estados Unidos, por exemplo, nos próximos anos. Por outro lado, ele julga que a final da Libertadores em Madri é um caso extremo e diferente.

"São coisas distintas. A final da Libertadores é totalmente excepcional, único. A Conmebol analisou tudo e chegou a conclusão de que jogar em Madri era a única solução. É uma situação excepcional que requer medidas excepcionais. Não se pode comparar com a ideia de uma liga nacional jogar fora de seu país por questão de negócios. Não gosto dessa ideia. Nos EUA, quero ver jogos da MLS, não de La Liga. Na Espanha, quero ver jogos de La Liga, não da Premier League. Se fizermos negócios assim, onde vai parar o futebol?", questionou.

O segundo jogo da final da Libertadores entre Boca Juniors e River Plate será disputado neste domingo (9), no Santiago Bernabéu.

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