Guerrero decepciona e Pablo Marí tem noite gigante na classificação do Flamengo

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Guerrero decepciona e Pablo Marí tem noite gigante na classificação do Flamengo

Ao mesmo tempo em que o atacante do Inter teve sua pior noite no Beira Rio, o zagueiro do Rubro-Negro fez sua melhor exibição

Paolo Guerrero era a grande esperança do Internacional na busca por uma vaga na semifinal da Libertadores. Afinal de contas, com 11 gols marcados nos 19 jogos anteriores ao duelo contra o Flamengo, considerando todas as competições, o peruano vivia a fase mais artilheira de sua história. Ainda vive, mas o desempenho nas quartas de final do certame continental não foi nada como o esperado. O Rubro-Negro venceu na ida por contundentes 2 a 0 no Maracanã, e na volta o empate por 1 a 1 garantiu, pela primeira vez desde 1984, o Fla entre os quatro melhores times do continente.

E se no duelo de ida Guerrero apareceu mais por causa das vaias que a torcida do Flamengo direcionou ao seu ex-jogador, na volta o camisa 9 também não ajudou tanto na missão para dar possibilidade ao que era tido como quase impossível. Apareceu mais pelo nervosismo, cometendo três faltas, e fez provavelmente a sua pior exibição dentro do Beira-Rio: levando em conta todos os torneios menos o estadual, pela primeira vez, nesta quarta-feira (28), terminou um jogo dentro do estádio colorado sem finalizar quando a bola estava em disputa.

Dito isto, é importante destacar que a culpa não é somente do peruano, embora acabe carregando consigo a decepção que só é atrelada pela expectativa posta sobre os mais competentes de sua função. O Inter esteve longe de fazer a sua melhor partida, e o gol marcado na metade do segundo tempo, por Rodrigo Lindoso, que acendeu a esperança dos torcedores colorados, foi mais obra do acaso: bola alçada à área, estufando as redes na primeira tentativa após o intervalo. Um “gol achado”, para usar a expressão clichê.

Atuação quase perfeita de Pablo Marí Defensores do Fla comemoram, enquanto Guerrero caminha cabisbaixo ao fundo

O demérito do ataque colorado, contudo, é um mérito gigante para a defesa rubro-negra. Rafinha e Filipe Luís seguiram com as boas atuações pelas laterais, sendo fortes em todas as fases de jogo, ajudando a construir pelo time e a destruir as tentativas adversárias. A equipe carioca fez um primeiro tempo até com mais volume em relação à excelente exibição na ida, e se não fossem as chances incríveis desperdiçadas por Gabriel Barbosa o time treinado por Jorge Jesus já teria resolvido a contenda nos 45 primeiros minutos. Mas não foi assim que aconteceu, e foi aí que a dupla de zaga flamenguista se agigantou para garantir que mal nenhum pudesse terminar em eliminação.

Pablo Marí e Rodrigo Caio foram gigantes no Beira Rio. Afastaram mais bolas do que qualquer um em campo: seis rebatidas do brasileiro e incríveis nove do espanhol – que bateu também seu recorde de desarmes [3] desde sua chegada à Gávea. Constantemente atentos à ameaça representada por todo o Internacional, mas em especial por Guerrero, evitaram praticamente todas as oportunidades de gol dos gaúchos (não estavam na marcação de Lindoso no lance do 1 a 0).

O Flamengo entrou no Beira Rio afim de jogo, mas soube, quando a situação ficou mais tensa, administrar bem a sua vantagem. E sempre que isso é necessário, uma boa exibição defensiva é praticamente obrigatória. No final das contas, o gol de Gabigol, que no final do segundo tempo desta vez não desperdiçou o “presente” dado por Bruno Henrique, oficializou a classificação. Mas nesta quarta-feira (28), o empate por 1 a 1 no duelo de volta vai muito na conta de uma excelente exibição defensiva do Flamengo. A melhor de Pablo Marí até o momento.

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