Leonardo, diretor desportivo do PSG, concedeu uma entrevista ao "Le Parisien" onde admitiu que Neymar informou o seu desejo de abandonar Paris e admitiu alguns contactos, mas sem oferta, com o Barcelona. Mais uma volta neste problema.
Tinha sido apenas revelado que o avançado brasileiro tinha comunicado o seu desejo de sair do PSG quando o meio francês publicou a conversa com o dirigente, em que falou claro e perceptível sobre o futuro da sua estrela, cada vez mais longe de Paris.
O brasileiro não se escondeu perante as perguntas, que oferecem um novo cenário, já com a negociação em fase embrionária, e o jogador bastante farto da sua etapa em França.
"Está claro para todos", foi a sua resposta à pergunta se Neymar expressou o seu desejo de abandonar a entidade. "Mas no futebol dizes uma coisa hoje a amanhã outra. É incrível, mas sim", disse desde logo.
Depois disso, admitiu que falou com o jogador por telefone desde que é novo diretor desportivo do Paris Saint Germain: "Não quero contar todos os detalhes da conversa. Falamos com a sua família também. Toda a gente sabe tudo. A posição é clara para todos os participantes. Mas uma coisa é clara ao dia de hoje; ainda tem três anos de contrato connosco. E como não recebemos nenhuma oferta, não podemos discutir nada".
Não existiram propostas firmes, apesar de sim "alguns contactos superficiais", confessou Leo0nardo, que respondeu com um redondo "sim" ao ser questionado sobre se se referia ao barcelona. "Disseram-nos que o queriam comprar, mas nós não somos um clube vendedor", alertou.
Sobre as últimas declarações de Josep María Bartomeu, presidente do clube catalão, entendeu-as como um jogo da negociação. "Foi ele quem falou. Mas não vimos que o Barcelona estivesse na clara disposição de comprar o jogador".
Leonardo, antes de soltar um "semj mais perguntas sobre Neymar, por favor", assegurou que o cenário para o PSG aceitar uma oferta por Neymar é "fácil": "Tens que falar e negociar, isso é tudo".
Antes disso, o dirigente brasileiro ter-se-ia referido à incomparência de Neymar no primeiro treino da pré-temporda, apesar do pai do jogador ter justificado que teria acordado entre as partes o atraso.
"Tinha que vir e não o fez. Mas sabia que tinha que estar aqui. Estudaremos as medidas que se tomarão, como teriamos feito com todos os empregados. Neymar tinha uns compromissos, mas essas não eram as datas acordadas com o clube. Jogou o seu último encontro a 6 de julho e as férias foram até 8 de julho. E ele não veiu", sintetizou sobre a ausência de Neymar.
Leonardo assegurou que desconhece quando se reincorporará ao trabalho. "A única coisa que sei é que não estava na data acordada", insistiu o brasileiro, que tentou tirar drama ao facto do avançado da "Canarinha" querer sair.
"Não acontece só no PSG. Há casos semelhantes noutros clubes. Mas, porque deveria viver-se como uma desgraça? Como se o clube não conseguisse convencer o jogador a ficar, como se fosse culpa do clube. Se Nrymar chega tarde ao retomar do trabalho, continuará a ser responsabilidade do clube? Se o jogador chega tarde, é culpa sua. Logo, há procedimentos intrnos e veremos como serão as coisas. Os jogadores que não se apresentam no dia da recuperação, ocorre noutros lugares que não o PSG", resumiu sobre isso.
Leonardo tem claro como seria o futuro sem a sua grande estrela a jogar com Mbappé e Cavani. "Não conheço um clube que tenha ganho a longo prazo com um jogador mais forte do que ele. Para que um clube possa seguir em frente, deve ter controlo total. Inclusivamente sobre os seus jogadores mais importantes", sentenciou