Momentos Campeões: Vinte anos depois, França troca classe de Zidane pela velocidade de Mbappé para chegar à final
Seleção francesa chegou à decisão do torneio ao apostar na velocidade de uma jovem geração
Quando a França conquistou o seu único título mundial, a maior parte da equipe francesa que entrará em campo em Moscou no próximo domingo (15) para jogar a final tinha menos de sete anos. Em duas décadas, saiu o jogo cadenciado de Zinedine Zidane, entrou a velocidade de uma geração de garotos que promete inaugurar uma nova dinastia. A prova decisiva dessa mundança será no domingo (15), quando a França tentará o bicampeonato mundial.
O elenco que desembarcou na Rússia tem média de idade de 26,05 anos, o segundo mais jovem entre as 32 equipes da competição. A aposta em renovação deve-se não só a uma grande geração revelada nos anos recentes como também uma mudança diante de um grupo anterior mais comentado pelos problemas extra-campo do que pelo desempenho nele.
Entre estrelas consolidadas, como Pogba, Griezmann e Varane, surgiu o nome de um aspirante a novo ídolo: Kylian Mbappé. Com 19 anos, ele não era nem nascido quando Zidane usou a cabeça para liderar a França ao título em 1998.
Se Zizou era referência pelos passes e categoria, o novo camisa 10 francês é velocidade e técnica. Com três gols marcados na Rússia, Mbappé assemelha-se mais a Ronaldo Fenômeno, com suas arrancadas mortais pelo lado direito. Exemplo disso foram as oitavas de final diante da Argentina, quando disparou antes do meio-campo e só conseguiu ser parado com falta dentro da área rival.
Há ainda um forte grupo de apoio. O lateral Pavard vem consolidando-se como surpresa no Mundial, ao fazer parceria com o camisa 10 pelo lado direito francês. Matuidi dá intensidade física para um meio marcado pela técnica, enquanto o volante Kanté é quem fica responsável pelos desarmes na faixa central.
Ao todo, foram cinco vitórias e apenas um empate para os Bleus na Copa. Mbappé e companhia já balançaram as redes 11 vezes, sendo que sofreram apenas quatro gols.
Resta saber como será contra a Croácia domingo, ao meio-dia (de Brasília), em Moscou. Um tropeço de um grupo com um futuro brilhante ou o primeiro passo para fazer história.