O dia em que Edílson se 'apresentou' ao Real Madrid

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O dia em que Edílson se apresentou ao Real Madrid. EFE

Esnobado pelo vice-presidente merengue, o Capetinha fez os dois gols alvinegros para o jogo.

7 de janeiro de 2000 está marcado na história do Corinthians como o dia em que Edílson Capetinha teve atuação de gala contra o Real Madrid. O empate válido pelo Mundial de Clubes daquele ano foi um dos grandes jogos da carreira do “desconhecido” jogador corintiano.

A história do duelo começou antes do apito inicial. Edílson, na preparação para o jogo, teria prometido dar uma caneta a Christian Karembeu, volante do Real e campeão mundial pela França em 1998, mas isso nunca foi confirmado. Segundo o jogador, o que aconteceu foi que, em uma conversa com vampeta, ele havia dito que o francês era “ruim para caramba”.

Fato é que a “esnobada” de Edílson repercutiu na imprensa e chegou no Real Madrid.  Juan Onieva, então vice-presidente merengue, não deixou barato e desdenhou do atacante, dizendo não conhecê-lo e que ele “precisaria de três vidas para chegar ao mesmo nível de Karembeu”.

No dia do jogo o clima entre as equipes já era quente. Pilhado, Edílson participava de todas as jogadas ofensivas do Timão, que acabou começando atrás no placar. Aos 19 minutos do primeiro tempo, Roberto Carlos bateu uma falta e Anelka desviou para o gol de Dida.

Mas Edílson, em sua noite inspirada, precisou de 10 minutos para empatar o marcador. Índio lançou para Luizão, que esperava na entrada da área. O atacante ganhou da marcação e mandou para o camisa 10 alvinegro que, livre pela direita, encheu o pé e marcou.

E então, no segundo tempo, um dos lances mais emblemáticos da história do Corinthians. Aos 18 minutos, Ricardinho mandou a bola para o Capetinha na direita. O camisa 10 limpou a marcação de Roberto Carlos e aplicou a famosa caneta em Karembeu, na sequência bateu firme no gol de Iker Casillas.

Na narração do jogo, Luciano do Valle fez questão de apresentar Capetinha ao vice-presidente merengue - e a quem mais não o conhecesse. “Eu sou Edílson, o Capeta!”, disse o narrador, “Dois para o Corinthians, um para o Real Madrid. Muito prazer, muito prazer, vai buscar lá dentro”.

Antes do apito final, o Real Madrid conseguiu empatar a partida e ainda teve a chance de virar, mas Dida defendeu o pênalti batido por Anelka, autor do segundo gol merengue. A vitória não veio no segundo jogo do Timão no Mundial, mas ninguém apagou o brilho da noite de Edílson.

Depois, o Corinthians ainda venceu o Al-Nassr na fase de grupos, antes da disputa da grande final, contra o Vasco. Além do título, Edílson conquistou também a Bola de Ouro, dada ao melhor jogador do torneio.

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