Como estão os patrocínios nos grandes de São Paulo?
Em meio ao coronavírus, Corinthians e Santos enfrentam problemas com patrocinadores, enquanto Palmeiras e São Paulo têm boas notícias recentemente.
Em meio ao coronavírus, Corinthians e Santos enfrentam problemas com patrocinadores, enquanto Palmeiras e São Paulo têm boas notícias recentemente.
Os impactos que o novo coronavírus causam no futebol são cada vez maiores. Com a paralisação dos campeonatos, os clubes sofrem sem as receitas de bilheteria, sem os direitos de TV e, com a menor exposição das marcas, vários patrocinadores acabam cancelando contratos ou suspendendo o pagamento das verbas.
No Brasil, como de costume, os clubes menores acabam sofrendo mais. Mas a situação dos grandes também não é fácil. No estado de São Paulo, mais especificamente, o Corinthians foi o clube mais prejudicado, enquanto Palmeiras e São Paulo seguem sem maiores prejuízos.
Veja a situação dos patrocinadores de cada um dos grandes paulistas durante a parada causada pelo Covid-19.
O Palmeiras é sem dúvida nenhuma o clube com a melhor situação financeira no estado de São Paulo. E mesmo com a crise do novo coronavírus, a situação deve seguir a mesma. O alviverde paulista anunciou que continuará recebendo as verbas de seus patrocinadores normalmente.
A Crefisa, empresa que é a grande parceira do clube e paga o maior patrocínio do futebol brasileiro - cerca de R$ 81 milhões -, e a FAM, pertencem ao mesmo grupo, presidido por Leila Pereira.
Como todos sabem, Leila é palmeirense assumida e tem interesse em se tornar presidente do clube em um futuro próximo. Assim, o dinheiro está mantido, pelo menos por enquanto. O fundador do grupo, José Roberto Lamacchia, afirmou que não sabe o que pode acontecer caso a paralisação dure muito tempo.
Além das duas marcas, o Palmeiras também anunciou que a Puma, empresa fornecedora de material esportivo, também segue pagando normalmente.
A situação financeira do Corinthians não é a das mais tranquilas há algum tempo, visto que desde a construção de sua Arena, o clube destina boa parte de sua renda para o pagamento do estádio.
E agora, com a crise trazida pelo Covid-19, as notícias não são muito animadoras. A Majorsports, startup de de tecnologia que estampa as mangas da camisa alvinegra, anunciou que suspendeu os pagamentos mensais ao clube, assim como a Orthopride, franquia de consultórios de ortopedia.
Além disso, segundo apurado pelo Meu Timão, dos demais nove patrocinadores da equipe, outros dois tomaram decisão semelhante, mas não tiveram seus nomes revelados pela diretoria. Mesmo assim, não houve qualquer sinalização de cancelamento de contrato.
Como alternativa ao problema, o Corinthians pensa em duas possibilidades. A primeira delas é aumentar a exposição das marcas durante esse período de paralisação, seja no centro de treinamento, nas redes sociais do clube ou em ações com jogadores da equipe. A segunda opção é prolongar os contratos de patrocínio pelo tempo que o futebol ficar parado.
Apesar de não revelar todos os patrocinadores que suspenderam pagamento, o presidente Andrés Sanchez comentou sobre o atual momento financeiro vivido pelo clube em conversa com a Band TV.
“Eu não estou com salário atrasado, eu digo que a receita de um clube de futebol é TV, patrocínio e bilheteria, se eu estou sem bilheteria, se o patrocínio adia o pagamento e se a Globo não pagar, que eu acredito que não vá pagar, não tenho receita para pagar, eu vou ser franco”.
Na contramão do que acontece com seu rival, o São Paulo viu algumas boas notícias surgirem nos últimos dias.
Primeiro, o clube renovou seu contrato com o Banco Inter, patrocinador máster da equipe. O vínculo antigo era válido até abril deste ano e foi estendido até dezembro de 2020.
Mais recentemente, a MRV, outra empresa parceira do tricolor paulista, renovou contrato até o final de 2020. A marca pertence ao mesmo grupo que é proprietário do Banco Inter, mas no novo contrato não terá mais seu nome atrelado à instituição financeira. O vínculo antigo era válido somente até junho deste ano.
Com isso, o São Paulo garantiu a permanência de seus dois principais parceiros até o final da gestão do presidente Leco. Os valores não foram divulgados.
Por outro lado, a AOC, empresa de equipamentos eletrônicos, não renovou com o São Paulo e viu seu contrato chegar ao fim, mas segue tendo sua marca exibida nas plataformas do clube.
A situação dos alvinegros de São Paulo não é das melhores. Assim como o Corinthians, o Santos está enfrentando alguns problemas com seus patrocinadores.
O Grupo Algar, parceiro do clube desde 2016, estava negociando a permanência na camisa santista por mais duas temporadas, mas diante da crise atual, interrompeu as conversas. O vínculo teve fim em março, mas o Peixe segue confiante por uma renovação no futuro. A própria empresa destacou que ainda tem "ótima relação" com o clube. Assim, esse não deve ser o fim do contrato, mas apenas um adiamento na renovação.
Além do grupo, a Autoridade de Turismo da Tailândia também suspendeu contrato com o time da Vila Belmiro até o fim da pandemia. A empresa considerou inviável manter a promoção do turismo no país no momento em que o isolamento social é algo imprescindível. Novas conversas devem acontecer após o fim da crise.
Por outro lado, o Peixe conta com o pagamento de seus outros cinco parceiros, que já haviam feito os depósitos antes do início da crise. O clube também não imagina prejuízo com atrasos de pagamento da Umbro, a fornecedora de material esportivo.