Quem é Coronel Nunes, que assume a presidência da CBF no lugar de Rogério Caboclo?

BeSoccer há 4 anos 176
Quem é Coronel Nunes, que assume a presidência da CBF? . Goal

Antônio Carlos Nunes, que já foi presidente da CBF após a saída de Marco Polo Del Nero, retorna ao cargo com o afastamento de Caboclo.

Após ser acusado de assédio sexual por uma funcionária, Rogério Caboclo foi afastado da presidência da CBF por, pelo menos, 30 dias, com possibilidade de prorrogação. Com isso, Antônio Carlos Nunes, mais conhecido como Coronel Nunes, assume o cargo, uma vez que é o vice-presidente mais velho em exercício, seguindo o estatuto da entidade. 

Mas essa não é a primeira vez que Coronel Nunes, de 82 anos de idade, assume a presidência da entidade. Ele já havia substituído Marco Polo Del Nero, banido do futebol após o escândalo de corrupção da FIFA, em 2017, também por ser o vice mais velho em exercício na ocasião. 

Durante a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, Nunes foi o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, que não era presidida por um militar durante a competição desde os tempos de ditadura. 

Ainda como presidente da CBF, ele provocou um mal-estar entre os membros da Conmebol durante a escolha da sede para a Copa do Mundo de 2026, sendo o único representante da entidade sul-americana a votar a favor do Marrocos, que foi derrotado pela chapa formada por Canadá, Estados Unidos e México. Também foi ele que passou o bastão para Rogério Caboclo assumir o comando da CBF. 

Agora, com o afastamento, Coronel Nunes retorna a presidência da entidade por pelo menos 30 dias. Caso Caboclo seja de fato retirado do cargo, uma nova eleição será convocada para determinar o novo presidente até 2023, quando terminaria a atual gestão. 

Os candidatos serão os oito vice-presidentes da CBF. São eles: o próprio Coronel Nunes, Antônio Aquino, Ednaldo Rodrigues, Castellar Guimarães, Fernando Sarney, Francisco Noveletto, Marcus Vicente e Gustavo Feijó.

Além de dirigente de futebol e militar, Antônio Carlos Nunes também foi prefeito biônico no Pará durante a ditadura -- ou seja, sem votação, por escolha dos líderes de Brasília na época --, entre 1977 e 1980. 

Em 2003, o Coronel também foi considerado como anistiado e perseguido pelo regime militar, “vítima de ato de exceção de motivação política”, pelo Ministério da Justiça, o que o concedeu o benefício de receber vencimentos mensais de R$ 14.768,00 da Força Aérea Brasileira (FAB), além de uma uma indenização retroativa de R$ 243.416,25.

Mencionados na notícia