Rueda vive primeira turbulência no 'Fla' e precisa melhorar o setor ofensivo

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Rueda começa a se deparar com problemas no time. Goal

Time 'Rubro-Negro' vive pior momento desde a chegada do colombiano.

Com pouco mais de um mês no comando do Flamengo, Reinaldo Rueda já encara um momento de turbulência. Nesta quarta-feira(13), mesmo com força máxima, o 'Rubro-Negro' teve atuação discreta e não saiu do 0-0 contra a Chapecoense, na Arena Condá, pela Copa Sul-Americana.

Mas não foi só o resultado que preocupou o treinador, após a partida ele cobrou um time mais aguerrido expondo a sua preocupação com a postura da equipe no jogo decisivo.

"Do ponto de vista analítico, foi um bom resultado. É um jogo de 180 minutos. Essas partidas de Sul-Americana, às vezes são para guerrear, e o 'Fla' quer jogar bonito sempre. Partidas internacionais, às vezes não se joga, se compete. E o Flamengo tem que diagnosticar isso. Jogo bonito para plateia é quando estiver 6-0. Com o placar 0-0, temos que competir, correr e guerrar".

O maior problema de Rueda, desde que chegou ao clube, tem sido o setor ofensivo. O Flamengo, apesar de na maioria dos jogos dominar a posse de bola, peca muito nas finalizações. Nos últimos quatro jogos, por exemplo, o time fez apenas dois gols. Números bem baixos para um ataque tão caro e com tantas opções.

Outro ponto que o técnico vai precisar se preocupar é encontrar um lugar para Everton Ribeiro. Em campo, o jogador mostrou impaciência ao entrar aos 42 do segundo tempo, na vaga de Diego, que havia rendido muito pouco. A maior contratação do Flamengo na temporada, o meia-atacante é considerado um dos melhores do Brasil, mas claramente disputará vaga com o camisa 10.

"São jogadores que têm a mesma sensibilidade, sabem jogar e se procuram. Eles se complementam. É importante saber em que momento a equipe precisa deles e frente a quais rivais é importante ter os dois ou contra quem qual deles tem alternativa de competir com o outro ou ser o complemento ideal", disse Rueda em entrevista coletiva.

Na zona mista, tanto Diego quanto Everton Ribeiro disseram que podem atuar juntos sem problema. A dupla, inclusive, dividia o gramado com Zé Ricardo, o antigo treinador. 

Se analisarmos as dificuldades do Flamengo, podemos observar que Diego fica muito sozinho na armação, enquanto o trio de ataque atua distante. Berrío e Everton procuram sempre a linha de fundo, enquanto Guerrero fica isolado esperando a bola, que normalmente acaba sendo interceptada antes de chegar no peruano.

Essa distância precisa ser corrida pelo treinador que terá pela frente, além do Brasileirão, o jogo da volta da Sul-Americana e a decisão da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

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