Sampaoli despede-se com goleada mas sai assobiado

João Sampaio há 6 anos 2.2k
A experiência de Sampaoli na Andaluzia durará, ao que tudo indica, apenas um ano. EFE/Archivo

Vitória do Sevilla por 5-0 não foi suficiente para abafar a insatisfação da torcida andaluz.

Muitas equipas espanholas fizeram ontem (sábado) o último jogo na edição 2016/17 da LaLiga. Entre elas estão o Sevilla e o Osasuna, que se defrontaram no Ramón Sánchez Pizjuán, numa partida que sorriu aos da casa.

5-0 para os sevilhanos foi o resultado final, com Vitolo (10' e 80'), Franco Vásquez (20' e 60') e Jovetic (35') a serem os autores dos gols. Mas a estrela da noite era o técnico dos 'blanquirrojos', Jorge Sampaoli, e não pelos melhores motivos, na ótica da torcida da casa. Em vias de abandonar a equipe para assumir o comando da Seleção argentina, o treinador de 57 anos despediu-se do estádio do Sevilla debaixo de um coro de assobios, situação que não abalou o argentino, contou o próprio em entrevista coletiva após o encontro.

"Ganharam vocês [imprensa]. Aqueles que queriam que me assobiassem conseguiram-no. Não me senti mal em campo. Não vou daqui por dinheiro ou como um mercenário, vou pela seleção do meu país. As pessoas deixam-se levar por versões, não por realidades. O que eu fiz aqui foi trabalhar como um profissional durante um ano e respeitar o meu contrato", garantiu Sampaoli, antes de esclarecer, um pouco, como está a sua transferência para a Seleção argentina: "Acho que fui bem claro quando falei sobre a situação. Redundante é esperar que diga uma palavra fora do lugar para que vocês aproveitem. A Argentina tem de resolver o meu contrato com o Sevilla. O presidente está a par de tudo e são eles que têm de negociar. Não posso pressionar para que alguém me contrate. A AFA [federação argentina] tem que vincular-se às minhas obrigações e direitos nesse contrato".

Também o presidente dos sevilhanos, José Castro Carmona, ofereceu um esclarecimento sobre como está este processo: "Disse que não podia rejeitar uma segunda vez à sua seleção e temos de respeitá-lo, como temos de respeitar o contrato que está assinado. O presidente do Boca [Juniors], membro da AFA, disse-me que esta semana vem falar connosco. Temos claro que há uma cláusula que deve ser paga tal como tivemos de pagar quando o contratamos. Se a AFA o quer, tem de pagar".

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