Tabárez desconversa sobre presença de Cavani e elogia Deschamps

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Selecionador do Uruguai 'afastou-se' do tema Cavani. Goal

Técnico da Celeste não confirma se Cavani irá jogar ou não, fala do sonho do título Mundial e elogia o técnico rival

Nesta quinta-feira, um dia antes da decisiva partida das quartas de final da Copa da Rússia contra a França, o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez concedeu entrevista coletiva e respondeu às perguntas sobre a possível ausência de Cavani que ainda se recupera de uma lesão na panturrilha.  

O centroavante treinou pela primeira vez na semana no campo, mas em separado ao restante do elenco Celeste. Apesar disso, o comandante da equipe preferiu evitar cravar a sua participação ou não no jogo desta sexta, em Nizhny Novgorod. 

“Desde que soube que estava lesionado, Edi foi trabalhar para se recuperar, redobrar esforços e sonhos. E isso é o que está fazendo agora. A lesão foi informada de maneira muito precisa, com dois comunicados. Parece que o primeiro não foi suficiente, muitos foram consultar outros profissionais e começaram os rumores. A informação de Cavani já foi dada, eu não entrarei nesse joguinho, é um conceito de jornalismo que não compartilho. Em 24 horas saberemos quem vai estar no time titular e reserva e nenhuma ansiedade desbocada me fará mudar essa decisão”. 

Tabárez tentou tirar o foco do jogador do PSG, enaltecendo a vontade do grupo em vencer a partida. Assim como Deschamps, Tabárez não confirmou com antecipação quem serão os titulares da Celeste no jogo.  

“Nós queremos jogar o jogo e queremos ganhar de quem competimos. Não queremos dar o mínimo espaço a coisas que nada têm a ver. Vocês não vão ter toda a informação, como eu tampouco tenho, não sei quem vai substituir o francês (Matuidi) que está suspenso. São 24 horas de paciência e mais nada” disse.

Questionado sobre o sonho de conquistar o título Mundial, Tabárez tratou de colocar os pés no chão, lembrando da dificuldade do jogo desta sexta-feira, preferindo traçar metas jogo a jogo.

"Nós sabemos qual é a realidade do Uruguai. Como diz uma música: nunca favoritos, sempre de trás e isso é algo que nos deixa orgulhosos. A história deste jogo pode ter a ver com alguma presunção anterior que é feita, mas será escrita pelos jogadores que estão no campo. Temos uma grande esperança de avançar neste jogo e, se isso acontecer, vamos descansar e nos preparar para o próximo" disse completando na sequência:

"Pensar em ser um campeão mundial deve permanecer no plano da intimidade. Tornar isso público faz com que quem diz isso entre no campo da desconcentração. Primeiro precisamos vencer amanhã. Temos uma margem de possibilidade para isso e vamos nos apegar a ele".

Por fim, o comandante respondeu aos elogios de Deschamps também com boas palavras sobre o técnico rival.

"Todos nós que estamos no futebol há algum tempo nos conhecemos. Me parece que é um ato de grandeza destacar as virtudes dos contemporâneos. No caso de Deschamps, era um jogador da Juventus quando comandei o Milan. A França tem um jogo muito adaptado às características dos jogadores que possui e isso é um sinal de inteligência e praticidade: tenho jogadores rápidos e sou direto; Tenho jogadores habilidosos e dou liberdade a eles" finalizou.

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