Tabárez deve deixar o comando da Celeste com equipe estruturada para 2022

BeSoccer há 5 anos 781
Tabárez está de saída. Goal

Experiente treinador deve sair do cargo após 12 anos deixando um grande legado para o próximo comandante.

O Uruguai deixou a Copa da Rússia nas quartas de final com orgulho do trabalho feito na competição. Após 12 anos no comando da seleção, Óscar Tabárez deve deixar a equipe, abrindo espaço para uma nova era na seleção. O treinador que luta contra uma doença neurológica rara nos últimos anos, no entanto, deixou um grande legado para o próximo trabalho: uma estrutura de equipe.

Para o ciclo da Copa de 2022 no Catar, o próximo comandante não precisará fazer uma grande reformulação. Respeitado no Uruguai, mesmo sem conseguir conquistar títulos expressivos na Celeste, Tabárez mesclou experiência e juventude, dando espaço para os jovens jogadores que vem surgindo no futebol.

Mesmo com um dos elencos mais velhos do último Mundial, o Uruguai precisará fazer poucas mudanças no elenco para os próximos quatro anos. Por isso, as mudanças seriam apenas na filosofia do trabalho tático e de vestiário.

A maior mudança, talvez, tenha que ser feita no gol. Titular nos últimos três mundiais, Muslera tem 32 anos e ainda poderia disputar mais uma Copa do Mundo. No entanto, o próximo comandante terá que encontrar algum jovem substituto para o experiente goleiro e prepará-lo para assumir o posto nos próximos anos.

Na linha defensiva, a mescla de experiência e juventude deve permanecer. Laxalt e Giménez, apesar de jovens, fizeram um bom Mundial e tem tudo para continuarem na equipe titular. Já os experientes Cáceres e Godín podem até se manterem na seleção, porém, a expectativa é que apenas um deles se mantenha na equipe titular para o próximo mundial já que ambos chegariam na competição com 35 anos. Titular no começo da Copa, Varela aparece como um jogador em potencial para assumir a vaga do polivalente Cáceres.

O meio campo é o que menos preocupa a Celeste. Torreira, Nandez, Bentancur e Vecino, titulares na reta final da Copa têm a possibilidade de disputarem ao menos mais dois mundiais em alto nível. Por outro lado, Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez, com 32 e 31 anos, podem abrir espaço para novos atletas chegarem.

A posição que mais preocupa é o ataque. Com Cavani e Suárez em seu auge técnico e físico neste Mundial, a expectativa é que ambos não consigam manter o mesmo futebol para o Catar. A probabilidade de ambos se manterem no elenco é grande, mas a idade, a provável queda de rendimento e de velocidade pode encerrar com a parceria, com apenas um deles se mantendo como titular e o outro indo para a reserva. Encontrar um substituto que mantenha o nível técnico de ambos será o grande desafio do próximo treinador.

Com um trabalho estruturado desde as categorias de base, Tabárez deixa o comando da Celeste em uma situação muito mais tranquila do que quando assumiu em 2006, quando a equipe passava por momentos de dúvidas e anos de resultados ruins, ficando de fora de várias Copas do Mundo.

Mencionados na notícia