Tevez faz apelo a jogadores durante a crise: “podemos viver sem seis meses de salário”

BeSoccer há 4 anos 280
Tevez faz apelo a jogadores durante a crise. Goal

O jogador argentino reforça que este é um momento de solidariedade.

O atacante argentino ex-Corinthians, Carlitos Tevez pediu aos demais jogadores de futebol que tenham uma postura diferente, mais solidária em meio a crise causada pela pandemia de coronavírus Covid-19.

Com um posicionamento diferente de vários jogadores, Tevez acredita que, em um momento atípico como o que estamos vivendo, é necessário que cortes salariais sejam feitos, ainda mais aos que não vão sofrer tanto com isso: "Um jogador de futebol pode viver seis meses ou um ano sem receber", disse a estrela do Boca Juniors.

Para o atacante, os esportistas não são exemplo neste momento, uma vez que não estão "no mesmo desespero que aqueles que vivem com crianças todos os dias, que têm de sair de casa às 6h da manhã e voltar às 19h da noite para alimentar a família".

Enquanto muitos clubes optam por corte de parte dos salários de seus funcionários, inclusive dos jogadores e da comissão técnica, outros não conseguem seguir o mesmo caminho, justamente porque nem todos pensam como Tevez. 

O Barcelona e a Juventus, por exemplo, já decidiram pela redução salarial - depois de muito se ter dito sobre uma possível insatisfação dos jogadores do clube espanhol sobre o tema -, no Brasil os clubes não estão tendo vida fácil para copiar o feito.

O Atlético-MG foi um dos que optou pela redução, mas nem todos os jogadores ficaram satisfeitos com a medida, Guilherme Arana foi um dos que foi à público se posicionar contra. Outros clubes estão tendo dificuldade em entrar em um acordo com seus atletas, que não estão aceitando cortes nem quando voltarem das férias coletivas, no final de abril. 

Tevez também espera que as pessoas sejam mais solidárias umas com as outras durante  pandemia, e que isso seja um impacto positivo do que está acontecendo com o mundo. "Esperamos que o mundo seja mais solidário. Estamos percebendo que somos todos iguais. Esperamos crescer como sociedade e que amanhã isto tenha mudado o mundo para sempre. Este vírus ensina-nos isso. Esperemos que seja para o bem e que todos sejamos um só e saiamos disto juntos", completou o argentino.

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