"Meu Brasil vai jogar como o Real Madrid da última temporada"

Há poucos dias, ele se despediu do Santiago Bernabéu, mas Carlo Ancelotti não está descansando e já começou a trabalhar como técnico do Brasil. Ele acompanhou uma partida do Botafogo na Copa Libertadores e está começando a se adaptar a essa nova fase da sua vida, como revelou em entrevista à ‘Marca’. Com algumas lembranças do seu tempo como treinador do Madrid, ele quer transferir a metodologia que deu certo na equipe espanhola para um Brasil que busca um ressurgimento com ele no comando.
"O Brasil é o melhor time do mundo. Não sou eu que digo, as cinco estrelas na camisa deles dizem isso. Nenhuma outra seleção pode se comparar. Agora, tenho o desafio de conquistar a sexta estrela", declarou o italiano.
Sobre ser treinado da Seleção Italiana, Ancelotti declarou:
Itália? Um amigo meu, Spalletti, está no comando agora. Eles nunca me chamaram (para ser treinador), algo que o Brasil já fez há muito tempo. Assumo totalmente o desafio de trazer a sexta Copa do Mundo, mas precisamos que o país inteiro esteja do nosso lado," afirmou.
Sobre a primeira recusa ao Brasil e a mudança de ideia, ele disse:
"Minha prioridade sempre foi o Madrid. Na primeira abordagem, o clube me ofereceu a renovação do contrato e não tive dúvidas. Sempre disse que ficaria no Madrid enquanto pudesse. Depois disso, os resultados não foram os esperados e o desempenho do time não estava bom. Era hora de agir e, depois da semana contra o Arsenal, conversamos e decidimos", disse Ancelotti.
"Tenho muita proximidade com jogadores brasileiros. Treinei muitos e aprendi bastante com todos eles. Ronaldo, Cafu, Kaká, meus jogadores no Madrid. É um futebol diferente, e é esse o futebol que a seleção precisa ter novamente. Meu Brasil vai jogar como o Madrid, mas não como o time deste ano, e sim como o da última temporada. É isso que eu quero," acrescentou.
E ele encerrou falando sobre o que viveu como 'Madridista':
"A cidade me tratou maravilhosamente, sinto como se fosse minha. O respeito que tenho recebido todos os dias é especial. Não existe nada como Madrid. Milão também foi especial, mas acho impossível viver o que vivi no Madrid com qualquer outro time. As três finais, aquelas partidas, o Bernabéu...", disse um saudoso Carletto.