O Rio de Janeiro está entrando em uma nova fase de flexibilização das medidas restritivas e, assim, a Vigilância Sanitária da cidade elaborou um plano para moldar a volta dos torcedores aos estádio fluminenses.
O documento, com as chamadas "regras de ouro", previa algumas medidas a serem tomadas para a proteção dos presentes, entre elas: ingressos com horário de entrada determinado, orientação para que os torcedores ocupassem o assento sinalizado no bilhete e a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos as dependências do estádio.
Além disso, a capacidade seria diminuída para um terço e as venda de ingresso não seriam feitas com atendentes, mas sim com máquinas ou na internet.
No entanto, a Ferj, Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, decidiu por manter a reta final do Campeonato Carioca sem a presença do público.
A entidade disse que "teve ciência da fase 3 de flexibilização do Governo Municipal referente às medidas restritivas e, no momento, ainda não dispõe de dados em que possa se basear para opinar sobre a viabilidade imediata da realização de jogos de futebol com a presença de público". E ainda alegou que, "por questões temporais" decidiu manter os portões fechados, já que, com a proximidade do fim do Carioca, não teria como o estudo ficar pronto a tempo.
O Rio de Janeiro foi o primeiro local do país a sinalizar a intenção de permitir público nos estádios, com o número casos de Covid-19 ainda crescendo no Brasil. Segundo o Globoesporte.com, apenas seis dos 50 países melhores ranqueados na Fifa estão liberando os torcedores.
Veja a nota da Ferj na íntegra:
"A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro teve ciência da fase 3 de flexibilização do Governo Municipal referente às medidas restritivas e, no momento, ainda não dispõe de dados em que possa se basear para opinar sobre a viabilidade imediata da realização de jogos de futebol com a presença de público.
Entende que em algum momento, embora ainda não definido na prática, tal situação deverá vir a se concretizar e para tanto torna-se fundamental um debate, em razão da complexidade do tema, em que possam ser analisadas as diversas variáveis que fazem parte das operações de jogo, com a participação das várias instituições envolvidas no evento (Transporte Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Controle Urbano, Secretarias de Saúde, dentre outras...).
E não apenas clubes, federação e estádios, de modo à elaboração de um protocolo e planejamento de ações e contingências com os objetivos de segurança à saúde individual e coletiva, prevenção e combate à disseminação da Covid-19.
Nesta data, a FERJ tem agendada uma reunião preliminar com os médicos dos clubes e representantes da Secretaria Municipal de Saúde e da Sub-Secretaria de Vigilância Sanitária para ouvir desses órgãos subsídios que permitam estudos, na área médica, para que sejam delineadas as diretrizes que possam ser viabilizadas e seguidas quando forem necessárias.
Por questões temporais, face à proximidade do término das partidas do Campeonato Carioca, as conclusões do estudo devem contemplar as competições nacionais, motivo pelo qual a inclusão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nos debates torna-se fundamental".