City vence a primeira batalha na Premier

O City processou a Premier este ano, argumentando que a atual regulamentação de empresas associadas (APT, na sigla em inglês) é discriminatória, contraria a lei de livre mercado e concorrência, e foi impulsionada pelos demais clubes para dificultar seu sucesso em campo.

De acordo com o jornal britânico "The Times", a Premier planejava realizar uma votação sobre esse assunto nesta quinta-feira, na reunião entre os representantes da liga que ocorre a cada três meses, mas essa questão foi retirada da pauta, o que sugere uma vitória do City nos tribunais.

A audiência desse caso começou em 10 de junho e se estendeu por duas semanas.

A regulamentação de empresas associadas foi introduzida no final de 2021, motivada pela compra do Newcastle United pelo fundo de investimento da Arábia Saudita, e buscava evitar que os clubes fossem financeiramente favorecidos por patrocínios de empresas que compartilham donos com o clube.

No caso do City, que possui cerca de trinta patrocínios, aproximadamente um terço deles vêm dos Emirados Árabes Unidos, país que é dono do clube de Manchester desde 2008.

Segundo as normas atuais, uma comissão independente deve avaliar se o valor pago por um determinado patrocínio é lógico e real, e não está inflacionado. Os clubes temem que, se o City vencer neste assunto legal, os times mais poderosos possam manipular suas contas com patrocínios acima do preço de mercado.

O Chelsea já foi investigado semanas atrás pela venda de dois hotéis para uma empresa de propriedade de seu dono, Todd Boehly, com o objetivo de ajustar perdas e evitar quebrar o 'fair play' financeiro. O clube inglês, que arrecadou 76 milhões de libras com os dois imóveis, foi absolvido por uma comissão independente.

Este assunto não está relacionado com as 115 irregularidades financeiras das quais a Premier acusa o City, e cujo julgamento começou em Londres na semana passada.