Colômbia ameaça a coroa de Messi em um duelo de alto nível

Argentina e Colômbia olham nos olhos da história no estádio Hard Rock. A Albiceleste quer se tornar a seleção com mais títulos sul-americanos, desfazendo o empate em 15 com o Uruguai. A tricolor colombiana anseia por sua segunda Copa, 23 anos depois, e deseja prolongar uma série invicta que já supera a estabelecida em 1994 pela seleção de Pacho Maturana.
A Argentina demonstrou a autoridade de uma campeã, resolvendo seus jogos sem precisar ter um bom desempenho. Com Messi intermitente, o time de Lionel Scaloni conta com o melhor goleiro do torneio, Emiliano Martínez, e um ataque eficaz, onde tanto Julián Álvarez quanto Lautaro Martínez têm respondido bem, sendo alternados pelo técnico.
A Colômbia exibiu um jogo coletivo. Sofreu apenas um gol a mais que a Argentina (2) e distribuiu seus 13 gols entre oito jogadores. Mas, acima de tudo, contou com o melhor James Rodríguez, renascido nos Estados Unidos, com seis assistências e um nível de jogo que remete ao jogador que impressionou o mundo há dez anos, na Copa do Mundo, no Brasil.
A seleção colombiana também enfrentou o lado mais difícil do torneio, eliminando Brasil e Uruguai, este último em uma partida com brigas entre torcedores e jogadores.
A final chega a Miami incendiada por esse episódio, intensificando a rivalidade entre argentinos e colombianos. Há na Albiceleste o desejo de vingar o Uruguai, com cujos jogadores mantêm uma boa relação, e a Seleção Colombiana busca revanche após a semifinal de três anos atrás, decidida nos pênaltis, onde 'Dibu' Martínez provocou os batedores colombianos.
Para a Argentina, esta é também a despedida de uma geração que só recentemente alcançou a glória.
É certo o adeus de Ángel di María, que jogará sua última partida com a Albiceleste. Finalmente reconhecido como indispensável para os sucessos da seleção, o 'Fideo' se despede aclamado pelos torcedores e querido pelos companheiros, que tentaram reverter sua decisão desde que ele anunciou suas intenções em novembro, após vencer o Brasil nas eliminatórias.
Para Nicolás Otamendi e Lionel Messi, não é um adeus definitivo, mas é sua última Copa América. O 'general', com 36 anos, já teve um papel residual no time de Scaloni. Messi, com recém-completados 37 anos, pensa apenas no dia a dia, com a Copa do Mundo de 2026 ainda distante.
O técnico argentino, Lionel Scaloni, está atento à condição física de Gonzalo Montiel, que com dores no tornozelo perdeu o treino de quinta-feira, mas voltou a treinar no dia seguinte e pode ser titular.
Na Colômbia, Néstor Lorenzo terá que substituir Daniel Muñoz, o melhor lateral-direito da Copa, expulso contra o Uruguai, provavelmente com Santiago Arias. Também preocupa a condição de Richard Ríos, uma das revelações do torneio, que terminou a semifinal com dores.
Com um Hard Rock lotado, ingressos na revenda por mais de 2.000 dólares e a apresentação de Shakira no intervalo - ao estilo do Superbowl - Argentina e Colômbia enfrentam um jogo tenso, de forte marcação, onde vencerá quem melhor controlar as emoções. Uma final histórica, onde o campeão defende seu título contra o melhor desafiante.
Argentina: Emiliano Martínez; Gonzalo Montiel (Nahuel Molina), Cristian Romero, Lisandro Martínez, Nicolás Tagliafico; Enzo Fernández, Rodrigo de Paul, Alexis MacAllister; Ángel di María, Lionel Messi, Julián Álvarez.
Colômbia: Camilo Vargas; Santiago Arias, Davinson Sánchez, Carlos Cuesta, Johan Mojica; Jefferson Lerma, Richard Ríos (Mateus Uribe), Jhon Arias; James Rodríguez; Luis Díaz, Jhon Córdoba.