Uma defesa impermeável. Assim podemos definir a França na Copa do Mundo. Didier Deschamps tem em mãos um grupo de talentos quase irracionais, com individualidades que podem fazer a diferença a qualquer momento. E vem fazendo.
Em seis jogos disputados até aqui, sofreram quatro gols (sendo três deles nas oitavas de final contra a Argentina) e seguraram o Uruguai nas quartas de final antes de pararem o poder ofensivo da Bélgica com Lukaku, De Bruyne e Hazard na semifinal. Nenhum gol sofrido nos últimos dois jogos.
A força dos companheiros de equipe do goleiro Hugo Lloris reside precisamente no coletivo, no espírito de união que surge dentro e fora do campo. Como se a maior competição tivesse revelado alguma coisa, uma lembrança de vinte anos atrás, quando os campeões de 1998 confiaram na solidez e solidariedade para bordar a primeira estrela na camisa da seleção.
A primeira pista chegou após a segunda partida do Grupo C. Ali, houve um forte sentimento de apoio de uma equipe pronta a sofrer para avançar com força, pragmatismo e solidez. Desde a vitória por 1 a 0, nada perturba as linhas francesas, solidárias e aplicadas. Acima de tudo, os jogadores parecem entender o sistema de jogo da equipe.
Sem dúvida, o sistema defensivo da França precisa e deve ser reverenciado. Contra a toda poderosa Bélgica, que contavam com a força de Lukaku e os talentos de De Bruyne e Hazard, os Bleus quase não sofreram sustos.
Lloris não teve muito trabalho no segundo tempo. Apesar dos belgas girarem muito a bola, mal ameaçaram o gol adversário. Umtiti e Varane estão evoluindo muito durante o Mundial, enquanto Deschamps achou uma dupla de lateral que deram muita confiança: Pavard e Hernandez.
Com essa solidez, os Bleus caminham em busca do troféu da Copa do Mundo. A grande final contra a Croácia está marcada para o próximo domingo (15), às 15h (de Brasília).