"Regina, eu te amo". Com essas palavras, Cafu ergueu a taça da Copa do Mundo de 2002. O último capitão brasileiro a ter esse privilégio. Antes dele, Bellini, em 1958, Mauro, em 1962, Carlos Alberto, em 1970, e Dunga, em 1994, foram os outros quatro que também tiveram esse privilégio.
Agora, antes do Mundial da Rússia, os torcedores não escondem a confiança na Seleção Brasileira mesmo após os últimos fracassos, incluindo em casa no último Mundial. Com a autoestima recuperada, muitos estão se perguntando: quem será o próximo capitão a levantar o troféu?
Adepto ao rodízio de capitães, Tite já confirmou Gabriel Jesus com a braçadeira no amistoso contra a Áustria, no dia 10 de junho, em Viena. O atacante do Manchester City, de apenas 21 anos, será o 16º capitão diferente da seleção desde que o treinador assumiu o comando do time, em 2016. O último a ocupar o posto, no duelo diante da Alemanha, em março, vencido pelo Brasil por 1 a 0, foi Daniel Alves. Jogador que mais usou a braçadeira durante a Era Tite - foram quatro vezes -, o lateral não foi convocado para o Mundial porque lesionou o joelho em um jogo do PSG e ficará um longo período afastado dos gramados.
Conhecedor profundo do assunto, Cafu, em entrevista exclusiva à Goal Brasil, não só apontou a Seleção Brasileira como uma das favoritas ao título, como também apostou em Miranda e Neymar para assumirem tamanha responsabilidade.
"Nós tínhamos o Dani Alves que era uma das nossas esperanças, pela experiência e por tudo aquilo que vivenciou dentro de Copa do Mundo e dos times que passou. Mas hoje nós temos o Miranda, que é um jogador experiente o suficiente e até mesmo o próprio Neymar, que vem crescendo bastante. A decisão final vai ser do Tite, quem ele escalar, vai ser uma boa opção", disse.
"A Seleção Brasileira é uma das grandes favoritas para ganhar a Copa do Mundo, o Brasil vem muito bem treinado, com resultados que acabam falando por si. A gente espera que o Brasil possa conseguir grandes resultados", completou.
Durante a inauguração do seu novo empreendimento em São Paulo, na última terça-feira (15), o bar FairPlay, em sociedade com o ex-goleiro Sérgio, do Palmeiras, Cafu relembrou os momentos que antecedem uma Copa do Mundo e como ele se preparava para a principal competição do futebol mundial.
"Era um Cafu normal, muito tranquilo e responsável. Sabia das minhas responsabilidades, do que eu tinha que fazer. Nunca houve problema em relação a concentração, responsabilidade. Já sabia o que deveria fazer ou não.", disse.
"Dá para sair (antes do Mundial), ir para uma inauguração como essa. É um bar familiar, para os amigos. Você não precisa ir para o bar para estrapolar, encher a cara e voltar bêbado para casa. Pode beber, tomar a sua cerveja e curtir com a sua família tranquilamente.", acrescentou
A Copa do Mundo da Rússia 2018 começa no dia 14 de junho, e a Seleção Brasileira estreia três dias depois (17), em Rostov, contra a Suíça. Na sequência, o Brasil pega a Costa Rica no dia 22 de junho, em São Petersburgo, e fecha a primeira fase contra a Sérvia em Moscou, no dia 27 de junho.
Veja outros pontos da entrevista:
A caminho da Rússia: "Vou para a Rússia com certeza, tenho alguns compromissos por lá. Vou deixar os meninos trabalhando aqui dentro (do bar), mas a parte de marketing vou fazer fora."
Proposta do bar Fair Play: "Fair Play é um conceito completamente diferente de bar que nós vemos em São Paulo. É um bar temático que vai falar de todos os tipos de esportes, não será apenas um bar de futebol. É um bar para família, amigos e um onde você pode trazer os seus filhos e se divertir. O nosso objetivo era trazer um pouco mais de proximidade entre as pessoas e torcidas, porque aqui não é uma bandeira, uma camisa. É uma família"
Como surgiu a ideia do bar? Eu estava conversando com o Sergião, e ele me mostrou o projeto. Eu achei fantástico, um projeto que realmente valia a pena pelo conceito"