O Fluminense informou neste sábado que continuará realizando de forma remota e virtual os treinamentos de seus jogadores até 10 de junho. A decisão foi tomada após reuniões com a comissão técnica e o departamento médico.
A diretoria se baseou na posição de autoridades competentes, como o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho.
"Entre os aspectos considerados estão a dificuldade de contenção da curva de contaminação e mortes, que segue crescendo no Brasil e, em especial, no Rio de Janeiro. Vários profissionais, atletas e funcionários têm receio de retornar aos treinamentos presenciais devido à exponencial possibilidade de contágio, e, ainda, por terem em suas casas familiares que integram os grupos de risco", explicou o clube em comunicado oficial.
É uma postura que vai de encontro à do Flamengo, que criou polêmica e recebeu multa e críticas devido ao retorno aos treinos, que não respeitou as recomendações das autoridades de saúde.
"A manifestação recente dos clubes de outros estados, como São Paulo, são exemplo disso. No Rio Grande do Sul, onde a taxa de contaminação e de óbitos é infinitamente menor que no Rio de Janeiro, estão avaliando a possiblidade do retorno das competições somente para a segunda quinzena de julho, desde que observados os critérios das comunidades científicas. O futebol não é atividade essencial. Portanto, não deve estar nos primeiros lugares na fila de reentrada do retorno às atividades", acrescentou o comunicado.
O Fluminense concluiu reforçando que "possui todo o interesse em retornar às atividades presenciais (treinos e jogos), desde que as autorizações e orientações dos órgãos de saúde estejam de acordo com todas as medidas nacionais e internacionais, especialmente com base nas experiências bem sucedidas nos locais que controlaram de forma efetiva o avanço da pandemia, respeitando, por óbvio, a individualidade de cada comunidade. Mas sempre com lastro nas melhores informações científicas disponíveis, para resguardar nossos jogadores, funcionários e torcedores. E para que eles não se tornem agentes de contaminação da população em geral".