O espanhol Pablo Marí está perto de fazer história e ser o primeiro espanhol a disputar uma final de Libertadores (em 20 dias, contra o River Plate).
Em recente entrevista ao 'EFE' no centro de treinamento do Flamengo, o jogador falou sobre Jorge Jesus, Pep Guardiola, River Plate e revela quem foram seus ídolos de infância.
P. Você vê que o título do Brasileirão e da Libertadores estão perto ou longe? Como você os vê?
R. Temos que ser regulares como estamos sendo nos últimos meses. Somos um time que tem isso muito claro.
Agora mesmo vamos enfrentar um time que tem muita experiência na Libertadores. Temos muita vontade de ganhar, mas manteremos o pé no chão e daremos o nosso melhor para ver quem leva o título para casa.
P. Há umas semanas você comentou que vem vendo vídeos do River e analisando. Qual avaliação tem o Flamengo do rival? Qual o maior medo?
R. Vimos trechos de vídeos. Não estamos estudando em profundidade porque ainda falta 20 dias para a final. Temos que trabalhar nos jogos que vêm antes no Brasileirão. Evidentemente não falaremos dos pontos fortes do River. Não daremos pistas ao rival.
P. Jorge Jesus, do dia pra noite, virou unanimidade no Brasil. É um técnico com fama de disciplinado e de sargento. Como é o método dele e como ele se sente executando tal método?
R. Acredito que, mais do que sargento, eu o chamaria de profissional. Ele é um grande treinador e, com ele, nós jogadores vivemos coisas novas a cada dia, aprendemos muito e ele é capaz de tirar de nós o melhor rendimento possível. Acredito que isso hoje está à altura de poucos treinadores.
P. Você tomou a decisão de vir ao Brasil. O que te levou a isso?
R. Acredito que quando te mostram um projeto bom e você fica com vontade, no final tudo dá certo. Quando chegou a possibilidade de vir ao Brasil, estava planejando outras opções na Inglaterra, Espanha, mas quando chegou a proposta do Flamengo, achei atrativa e tive vontade de vir aqui. De fazer história no Flamengo.
P. Quando você chegou no Manchester City, foi indicação de Guardiola. Mas Pep não teve em conta em nenhum momento. Você se sentiu frustrado por isso, esperava algo do City, algum empréstimo a outro clube?
R. Não, frustrado não. Pelo contrário. O City se portou muito bem comigo desde o primeiro dia e fiquei muito contente ali até o último dia, quando me ajudaram para ir ao Flamengo.
P. E com Guardiola?
R. Nunca falei com Guardiola. Isso sim, fiquei com vontade de algum dia poder falar com ele, não apenas por ter sido contratado pelo City, mas porque como pessoa me parece um grande treinador e adoraria falar quatro coisas de futebol com ele.
P. Quem foi seu ídolo de infância e qual é seu clube do coração na Espanha?
R. Nunca tive um clube do coração na Espanha. A verdade é que até os 14, 15 anos eu não gostava de futebol. Depois sim, aí fiquei atraído pelos grandes clubes como Real Madrid, Barcelona, que foram minhas referências do futebol mundial.
Meu ídolo de infância era Marchena, que jogava no meio-centro do Valencia. De pequeno eu adorava vê-lo. Gostava muito do Ayala também. Era um central do Valência. Era pequeno mas saltava muito.