O Grêmio é um dos clubes brasileiros mais estáveis economicamente, mas não é por isso que não sente as consequências causadas pelo coronavírus.
O presidente Romildo Bolzan é considerado um dos maiores da história do tricolor pela retomada dos títulos e pela administração competente em todos os âmbitos, inclusive o econômico.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira, comentarista da 'ESPN', Bolzan vê o real em baixa como uma oportunidade para conseguir vender diante do atual contexto.
"Não tive proposta. Muitas consultas, mas nenhuma proposta concreta, documentada e que poderia ser avaliada. Então nada recusamos porque nada veio de concreto. Por toda essa situação, poderíamos analisar uma proposta e uma situação de valor menor, mas importa saber se o câmbio da ocasião vai se assemelhar ao valor em reais que desejaríamos, isso se tiver proposta", iniciou o presidente do Grêmio.
Romildo analisou uma possível venda para o lado do clube e do jogador: "Acho que está chegando a hora de um momento importante para ele em sua carreira, em função de todo o crédito que tem e a passagem pela seleção. Seria interessante para o Grêmio também, em função de toda a crise, mas se tivermos que ficar com o jogador, do ponto de vista esportivo será bom negócio. Tem que ser bom para as duas partes".
O presidente do Grêmio avaliou as consequências da crise para o futuro do futebol: "Os campeonatos vão ser finalizados, nem que seja em 2021, mas será catastrófica. Nossa maior missão hoje é superar a crise e não deixar cair a peteca, mantendo o clube forte para seguir com capacidade quando passar tudo isso. Nossa primeira situação não é mais ganhar campeonato, mas sobreviver bem. Os que não se ajustarem terão muita dificuldade para se estabelecer lá na frente. Capacidade de gestão e diagnóstico, sem isso não vai dar certo", concluiu Bolzan.