Incêndio do Ninho completa 2 anos: os acordos fechados e lista de réus

O incêndio do Ninho do Urubu, a maior tragédia envolvendo um clube de futebol no Rio de Janeiro, completa nesta segunda-feira (08), dois anos. Na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019, 10 jovens morreram queimados no CT do Flamengo.
Naquele dia, 26 meninos entre 14 e 17 anos dorminaram nos alojamentos do centro de treinamento do clube, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um incêndio durante a madrugada, depois de um curto-circuito no arcondicionado vitimou fatalmente 10 garotos.
O Flamengo chegou a um acordo de indenização com 8 das 10 famílias, além do pai de Rykelmo. A mãe do menino, no entanto, entrou na justiça contra o clube. A diretoria também ainda busca um acordo com a família de Christian Esmério.
Os outros 16 meninos conseguiram escapar com vida e sete deles seguem no Flamengo. Entre eles, Cauan, Francisco Dyogo e Jhonata Ventura, que foram hospitalizados na época.
Jhonata, no entanto, ainda não tem condições de voltar a jogar. Ele segue se recuperando e treina com o elenco do sub-17.
No dia 15 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou a denúncia do Ministério Público e indiciou 11 réus no processo, incluindo o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Eles responderão o processo por incêndio culposo (sem a intenção) qualificado. As punições podem varirar de 1 a até 6 anos, sem prisão em regime fechado.