Jefferson já era considerado um dos grandes ídolos do Botafogo em 2014, mas no final daquele ano uma decisão tomada pelo goleiro, que se aposentou após 459 jogos pelo Glorioso, o elevou a um patamar de lenda.
O arqueiro vivia o seu ápice: naquele mesmo ano ele esteve no elenco do Brasil na Copa do Mundo, defendeu pênalti cobrado por Lionel Messi, em jogo da Seleção Brasileira contra a Argentina, e foi eleito melhor goleiro do Campeonato Brasileiro. Entretanto, o Botafogo acabou rebaixado em meio a uma grave crise financeira.
Valorizado, o ídolo botafoguense recebeu três ofertas para deixar o clube em condições que a maioria dos atletas aceitaria. Uma delas era do Tottenham, da Inglaterra. Entretanto, Jefferson não quis deixar o Glorioso daquela maneira: ficou, conduziu o Alvinegro de volta a elite e finalizou a sua carreira com menos jogos apenas do que Nilton Santos (721) e Garrincha (612) com a Estrela Solitária ao peito.
“De concreto, tive do Santos, de um time de Portugal, que o meu empresário não quis revelar o clube, e também do Tottenham. Só que esses clubes queriam que eu saísse pela porta dos fundos, e eu tinha a faca e o queijo na mão para sair desse jeito. Eram dez meses sem pagamento dos direitos de imagem, de FGTS... Era fácil, mas eu ia jogar por terra tudo o que tinha feito aqui no Botafogo. Mesmo assim eu fui leal. Disse que tudo tinha que passar pelo clube”, afirmou em entrevista ao Lance!.
Após ter pendurado as luvas, o ídolo botafoguense voltou para São José do Rio Preto, onde tem negócios.