Márcio Braga diz que está "cansado de perder" e cobra Fla forte

Um dos nomes mais emblemáticos da história do Flamengo, o ex-presidente Márcio Braga, que faturou ao longo de suas gestões mais de 53 títulos, esteve presente na reunião promovida por Rodolfo Landim, candidato a presidência do Flamengo. 

Entusiasta da candidatura de Landim, Márcio Braga mostrou toda a indginação com os resultados do futebol do Flamengo, que segundo ele melhorou financeiramente mas tem errado muito no carro chefe do clube.

"Eu estou cansado de perder, temos perdido há cinco anos quase todas as competições que disputamos. O Flamengo melhorou muito a sua administração, a gestão financeira, aumentou a sua capacidade de investimento, em razão de uma boa política de marketing e do preço da televisão tem pago e só temos feito errado, só tem dado errado. É visível que o erro está no comando. É preciso mudar isso, é necessário é fundamental. Eu não tenho nada contra o SoFla, acho meninos da melhor qualidade mas tem errado no futebol". 

Márcio Braga acompanhou decepcionado o confronto diante do Cruzeiro, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil e frisou que o time mineiro foi melhor que o Rubro-Negro e por isso mereceu a vitória.

"Vou responder como respondia o Fleitas Solis, ganhou o melhor, o Cruzeiro foi melhor que o Flamengo, bem melhor". 

Para ele, é um absurdo tentar priorizar as três grandes competições como Copa do Brasil, Brasileiro e Libertadores. Márcio acredita que neste momento, a equipe de Barbieri precisa mirar em um alvo apenas. 

"É um absurdo jogar três campeonatos dessa expressão ao mesmo tempo, e dificilmente alguém conseguirá ser campeão dos três, teria que ter um time muitas vezes superior, mas no caso em pauta eu acho que o Flamengo deveria priorizar a Copa do Brasil. É a passagem direta para a Libertadores do ano que vem, acho que essa atual está difícil e tem a premiação significativa". 

O ex-presidente também explicou o segredo para faturar tantos títulos a frente do Flamengo e deixou claro que sempre delegou as funções e destacou a "orientação" e voz ativa de comando.

"Eu não entendo de futebol, o que aconteceu comigo é que passei 40 anos no Flamengo e jamais passei por lá sem ser campeão brasileiro, realmente alguma coisa existe aí, dinheiro sempre faltou, sempre questão de ter pouco dinheiro. O comando, a elaboração de uma política desenvolvida em todos os cantos para levar a vitória aquilo que você está administrador. Eu nunca fui vice de futebol, tinha alguém lá, nunca fui técnico de futebol, tinha alguém lá, tinha um comando geral dessa equipe, essa troca que nos levou aos títulos. Alguma coisa que tem a ver com a voz, a orientação". 

Márcio Braga  criticou a postura de Eduardo Bandeira de Mello em situações como a discussão pelo Maracanã, segundo o ex-mandatário o presidente Rubro-Negro precisa ter a consciência da grandeza e importância do clube. 

"É absurdo, inadmissível, tem que ter presidente para dizer isso na cara dos governantes. O que é mais importante nesta cidade ou nesse país do que o Flamengo? O Flamengo tem raízes sociais profundas na cultura brasileira, é respeitado, o presidente tem que respeitar essa força, a do brasileiro, não é do torcedor apenas. O Maracanã não pode deixar de ser do Flamengo, sou favorável que o Flamengo tenha um estádio próprio, agora não pode abrir mão dessa discussão. Não pode deixar ser investido mais de um bilhão e o Flamengo que tem a maior torcida, 70% da economia do futebol carioca é o Flamengo que produz, todos vivem as custas do Flamengo e o Flamengo não tem um presidente que represente essa força, a força de sua torcida". 

Por fim, Márcio reintegou seu apoio a Rodolfo Landim e apostou na vitória do candidato nas eleições presidenciais do clube, que acontecem em dezembro deste ano.

"O candidato é bom, o Landim realmente é muito bom, ele tem que apresentar o programa e certamente esse programa será apoiado por nós, elaborado por nós também e vai se desdobrar em novos apoios é assim que se faz uma campanha e assim que eu acredito que ele vá ganhar a eleição em dezembro".