Momento Campeões: Na Copa de 2002, Ronaldo usou a cabeça e foi craque com os pés

De melhor jogador do mundo para completa incerteza para melhor jogador do mundo outra vez. Após uma operação no joelho, em 1999, e uma chocante lesão no mesmo, em 2000, muitos duvidavam que Ronaldo Luís Nazário de Lima voltaria a jogar em alto nível. Muitos erraram. O “Fenômeno” voltou à tempo para a Copa e mostrou que se garantia ao ser o artilheiro da Copa de 2002 e o grande herói do penta.
Ronaldo ficou quase dois anos sem jogar. Mesmo assim, o técnico Luiz Felipe Scolari confiava no talento do atacante para liderar uma Seleção Brasileira, que havia sofrido durante toda as Eliminatórias para aquele Mundial. Ele voltou a vestir a camisa canarinho em uma amistos, em março de 2002, e foi chamado para integrar o elenco que viajou para a Ásia.
Se ainda havia dúvidas que ele era um dos maiores da história, Ronaldo tirou todas na Ásia. Foram oito gols no principal palco do futebol mundial. A cicatriz no joelho deixava claro que ele nunca mais teria a mesma explosão que encantou o mundo. Porém, se a técnica e o faro de gol continuavam mortais. Só que ele realmente não estava 100% fisicamente, fruto das diversas lesões que teve após o retorno. Antes da semifinal contra a Turquia, a virilha o incomodava.
A solução não foi médica, mas sim psicológica. Passou a máquina no cabelo, mas deixou a parte da frente intacta. O famose corte "Cascão" - lembrando o famoso personagem da "Turma da Mônica, nos quadrinhos - chegara com tudo.
"Minha virilha estava doendo. Eu estava apenas 60%. Então raspei a cabeça. Todo mundo falava apenas do meu problema físico. Quando eu cheguei para treinar com aquele corte de cabelo, todos pararam de falar da lesão", revelou o fenômeno em uma entrevista. .
Ronaldo sabia bem como o mundo preocupava-se com a sua situação. Na final da Copa de 98, a convulsão que sofreu horas antes da partida foi o centro das atenções ao invés dos gols de Zidade e a atuação apática do Brasil.
Enquanto o mundo ria da sua cabeça, os seus pés iam fazendo história. Na decisão, marcou os dois gols do penta, diante da Alemanha, de Oliver Kahn, sendo eleito melhor jogador da competição e melhor goleiro do mundo.
De quebra, acabou eleito o melhor jogador do mundo naquele ano, mostrando para todos que o “Fenômeno” se garantia dos "pés à cabeça".