Tal como noticiado há uma semana, Hany Mukhtar foi adquirido definitivamente pelos dinamarqueses do Brondby ao Benfica por 1,5 milhões de euros.
No entanto, esta operação vai acabar por custar dinheiro aos 'encarnados', ao invés de garantir algum retorno, depois do investimento de 500 mil euros para garantir o médio, agora com 22 anos e então no Hertha de Berlim, em janeiro de 2015.
De acordo com o jornal dinamarquês 'Politiken', e com bases em documentos do 'Football Leaks', os 1,5 milhões de euros pagos pelo Brondby vão ser recebidos, na totalidade, pelo agente de Mukhtar, Paulo Rodrigues, uma vez que, aquando da transferência de 2015, terá ficado estipulado entre as partes que empresário teria direito a 15% de uma futura venda e a 1,4 milhões de euros em caso de saída definitiva antes de 1 de junho de 2017 (a partir desse dia receberia mais 500 mil euros, podendo atingir um total de três milhões caso o futebolista fosse vendido a partir de 1 de julho de 2019).
Face a este acordo, Paulo Rodrigues irá receber 1,625 mil euros (225 mil respeitantes aos já referidos 15%), com o Benfica a ter de cobrir a diferença para os 1,5 milhões pagos pelo Brondby, ou seja, 125 mil euros. Contas feitas, face aos 500 mil euros investidos na contratação de Mukhtar, o total do prejuízo para os 'encarnados' ascende aos 625 mil euros. E escreve ainda a publicação dinamarquesa que o representante de Mukhtar encaixou metade do valor pago pelas águias, ficando com um lucro de 1,875 milhões de euros.
"É mau para o futebol, seja aqui ou no estrangeiro, quando uma grande quantia de dinheiro desaparece do desporto em causa. Pelo sim, pelo não, digo que não tenho qualquer ideia sobre o que o Benfica vai fazer com o dinheiro. Eles lá devem saber... Do nosso lado, fizemos um acordo com uma enorme serenidade", garantiu Troels Bech, diretor desportivo do Brondby.