Apesar de bons resultados neste início de temporada, Rogério Ceni ganhou uma nova velha dor de cabeça no Flamengo, o sistema defensivo. Desde o retorno do time principal, o setor vem sendo o ponto fraco da equipe que já sofreu 10 gols nos últimos cinco jogos.
O Flamengo tem levado gols pelo alto, por baixo, de bola parada ou até por falhas individuais. Recentemente, após a vitória contra o Vélez, na Argentina, Ceni se mostrou incomodado com as perguntas sobre as falhas. Durante a última semana, o treinador cobrou e deu atenção especial ao sistema defensivo.
Um dos fatores que ajudam a explicar a instabilidade do setor é a ausência de Rodrigo Caio. Considerado o melhor zagueiro do elenco e o único titular absoluto, o jogador vem sofrendo com lesões e ainda não conseguiu emplacar uma sequência em 2021.
De 13 jogos do Flamengo na atual temporada, Rodrigo Caio participou de apenas três deles. Contra o Union La Calera, nesta terça (27), no Maracanã, pela Copa Libertadores, Rogério Ceni novamente não poderá contar com seu melhor defensor, que ainda se recupera de uma fibrose.
A situação liga um sinal de alerta e preocupa a comissão técnica, já que em 2020, Rodrigo Caio também enfrentou muitas lesões e disputou apenas 32 jogos dos 70 do Flamengo na temporada. Na reta final do Campeonato Brasileiro, o zagueiro jogou no sacríficio, o que agravou a lesão na coxa, da qual ele ainda se recupera.
Sem Rodrigo Caio, Willian Arão passou a ser o principal zagueiro de Rogério Ceni. O volante improvisado nem sempre da conta do recado e vê indefinição sobre quem joga ao seu lado. Diante do Vasco, pelo Campeonato Carioca, partida que serviu de ensaio para a estreia na Libertadores, o treinador optou por Bruno Viana, que não foi bem.
Sendo assim, Ceni se voltou para a solução mais "segura" e colocou Gustavo Henrique em campo ao lado de Arão. Apesar de ter optado pelo entrosamento dos dois, que atuaram juntos na reta final do Campeonato Brasileiro 2020, o comandante ainda não tem tanta convicção na dupla.
LÉO PEREIRA NO FINAL DA FILA
Contrato pelo Flamengo no início de 2020, por indicação do técnico Jorge Jesus, para substituir Pablo Marí, Leo Pereira nunca se firmou no Flamengo e hoje está no final da fila entre as opções de Rogério Ceni.
O zagueiro de 25 anos chegou a receber um contato do Besiktas, da Turquia, que tinha interesse num possível empréstimo, mas a situação não andou. A diretoria descartou a possibilidade de emprestar e jogador que custou R$ 34 milhões e só pretende avaliar uma possível venda.
Enquanto isso, Léo precisará ganhar a confiança de Rogério Ceni, que já avisou que pretende fazer rodízio nas próximas semanas, devido a maratona de jogos da equipe entre Copa Libertadores e Campeonato Carioca.